A CULTURA EM PENAFIEL
ANTÒNIO NOBRE
E ESCRITARIA 2008 EM PENAFIEL
Foi um fim de semana recheado de cultura.
Na passada sexta feira à noite, a Biblioteca Municipal abriu as portas para deixar entrar mais uma vez António Nobre e não “Só”. Veio mais gente para assistir a mais uma sessão deste poeta quase penafidelense, enquadrada num roteiro “Viajar com…” de autoria de António José Queirós. Usaram da palavra, Alfredo de Sousa, António José Queirós e Fernando Soares, este último para teatralizar alguns poemas do “estroina de Paris”. Mas creio que o que foi dito ou declamado, não foi novidade para ninguém na medida em que, de António Nobre, Penafiel já desde 1941, data da instalação do seu busto no Jardim do Calvário, muito tem levado a efeito.
E ESCRITARIA 2008 EM PENAFIEL
Foi um fim de semana recheado de cultura.
Na passada sexta feira à noite, a Biblioteca Municipal abriu as portas para deixar entrar mais uma vez António Nobre e não “Só”. Veio mais gente para assistir a mais uma sessão deste poeta quase penafidelense, enquadrada num roteiro “Viajar com…” de autoria de António José Queirós. Usaram da palavra, Alfredo de Sousa, António José Queirós e Fernando Soares, este último para teatralizar alguns poemas do “estroina de Paris”. Mas creio que o que foi dito ou declamado, não foi novidade para ninguém na medida em que, de António Nobre, Penafiel já desde 1941, data da instalação do seu busto no Jardim do Calvário, muito tem levado a efeito.
Continuo a pensar que hoje com ontem, Penafiel “Só” vê António Nobre.
As “Escritarias” vieram depois. Este evento desdobrou-se em várias facetas dispersas em encontros literários, exposições de rua, teatro e animação de rua (foi gira a ideia dos caixotes de papelão). Foi algo de diferente. Foi uma lufada de ar fresco que passou em Penafiel.
Grandes nomes da cultura por cá passaram: Destaco Fernanda Passos, que deixou obra plástica no futuro Museu Municipal, por sinal excelente.
As “Escritarias” vieram depois. Este evento desdobrou-se em várias facetas dispersas em encontros literários, exposições de rua, teatro e animação de rua (foi gira a ideia dos caixotes de papelão). Foi algo de diferente. Foi uma lufada de ar fresco que passou em Penafiel.
Grandes nomes da cultura por cá passaram: Destaco Fernanda Passos, que deixou obra plástica no futuro Museu Municipal, por sinal excelente.
Marcaram presença muitos poetas e escritores. Gostei de reencontrar José Manuel Mendes, presidente da Associação Portuguesa de Escritores. Desiludi-me com algumas intervenções no sábado à noite, longas e fastidiosas como as de Teolinda Gersão e um outro “seca” de que não sei o nome, que fizeram com que eu não tivesse o prazer de ouvir o Mário de Carvalho e o Vitorino. São estas intervenções que vêm dar alguma razão ao cidadão comum quando diz que a cultura é uma maçada. Penso que este tipo de cultura é demasiado elitista, sectarista, eclética, algo inacessível. Foi literatura para literatos. Cultura apenas para alguns, por sinal muito poucos.
Claro que gosto de Urbano Tavares Rodrigues, como gosto de Mário de Carvalho, Saramago ou Nuno Júdice. Mas acho excessivamente intelectual esta proposta de “escritarias” para Penafiel. Há um Penafiel cultural que está desde sempre a passar ao lado do departamento da cultura municipal. Esse Penafiel das letras e das artes jaz ostensivamente esquecido na penumbra. Faz lembrar aquele sujeito que está farto correr mundo e não conhece o Alentejo. É mais ou menos isso.
Devo lembrar que não há muito tempo (Junho de 2006) o jornal "Penafidelense", através do seu director, Dr. Veiga Ferreira, levou a efeito, o maior acontecimento cultural que Penafiel já teve honras de assistir. Estou a falar de uma sessão de poesia, em que participaram poetas de todos os cantos deste nosso concelho. Esteve muitíssima gente. Gente de todas as sensibilidades culturais. Recordo também que houve muitas figuras que não apareceram nessa bela noite de Verão. Lá pensaram que era cultura popular, e colocaram de lado uma ida à Assembleia Penafidelense. Eles nem souberam o que perderam. Aqui em Penafiel há poesia e da melhor que se vai fazendo em Portugal. Mas há pessoas que só gostam de encher a boca com grandes nomes da literatura nacional.
Claro que gosto de Urbano Tavares Rodrigues, como gosto de Mário de Carvalho, Saramago ou Nuno Júdice. Mas acho excessivamente intelectual esta proposta de “escritarias” para Penafiel. Há um Penafiel cultural que está desde sempre a passar ao lado do departamento da cultura municipal. Esse Penafiel das letras e das artes jaz ostensivamente esquecido na penumbra. Faz lembrar aquele sujeito que está farto correr mundo e não conhece o Alentejo. É mais ou menos isso.
Devo lembrar que não há muito tempo (Junho de 2006) o jornal "Penafidelense", através do seu director, Dr. Veiga Ferreira, levou a efeito, o maior acontecimento cultural que Penafiel já teve honras de assistir. Estou a falar de uma sessão de poesia, em que participaram poetas de todos os cantos deste nosso concelho. Esteve muitíssima gente. Gente de todas as sensibilidades culturais. Recordo também que houve muitas figuras que não apareceram nessa bela noite de Verão. Lá pensaram que era cultura popular, e colocaram de lado uma ida à Assembleia Penafidelense. Eles nem souberam o que perderam. Aqui em Penafiel há poesia e da melhor que se vai fazendo em Portugal. Mas há pessoas que só gostam de encher a boca com grandes nomes da literatura nacional.
Continuo à espera da apresentação do LIVRO de Alberto Santos "A Escrava de Córdova" na Biblioteca Municipal de Penafiel.
<< Home