22 janeiro, 2007

JORNAL 3 DE MARÇO - Opinião

O NOSSO EMBAIXADOR

Não é preciso ir ao dicionário para se saber o que quer dizer a palavra embaixador. Até mais humilde e comum cidadão sabe que um embaixador é mais ou menos alguém que melhor representa, que melhor divulga, que leva mais longe o nome do nosso canto, da nossa terra, do nosso país, aos confins do planeta.

E aqui em Penafiel pensa-se que é o clube local de futebol, quem faz tudo isto. Aqui em Penafiel, diz-se com alguma frequência, que o nosso maior embaixador é o FC de Penafiel. Pelo menos o nosso Presidente da Câmara Municipal, Dr. Alberto Santos ( e atenção, que a oposição socialista assina por baixo) di-lo com alguma insistência. Claro que é uma tentativa de legitimar, de justificar aquelas absurdas e chorudas verbas que para lá são canalizadas. Dinheiros públicos que vão aquecer os bolsos de uma equipa de “mancos”. Por isso é que para mim, é uma tremenda injustiça estar a subsidiar o futebol para “Sentir Penafiel”.

Eu já estou cansado de falar deste assunto. Já o faço há muito tempo. Já me oponho a estes desvarios, a estes “crimes” desde o tempo em que a nossa edilidade era conhecida lá fora e cá dentro, por “Câmara Futebol Clube”. Hoje é “Futebol Municipal de Penafiel”.

Se o Sr. Presidente da Câmara, Dr. Alberto Santos, acha que o FC de Penafiel, é o nosso maior embaixador, eu não acho. E digo porquê. Primeiro, não é com as camisolas de jogadores de futebol estrangeiros que se vai “Sentir Penafiel”. Depois há outras instituições, outras agremiações, outras associações penafidelenses que muito melhor e mais vezes levam o nome da nossa terra aos quatro cantos do mundo. Não estou a falar da Quinta Aveleda, ou dos seus produtos. Nem de outras instituições, que estão de longe, bem à frente do clube que no ano passado desceu de divisão de forma vergonhosa. Eu estou a falar de um jornalista que graças ao seu trabalho no “Jornal de Notícias”, está a divulgar lindamente a nossa terra.
Estou a falar do jornalista José Vinha.

José Vinha conseguiu recolocar o nome de Penafiel nas páginas do JN (trabalho que não vinha sendo conseguido, nem de longe nem de perto, pelo seu antecessor, que foi uma tragédia). José Vinha conseguiu voltar a colocar Penafiel no mapa. E com isso conseguiu levar a todo o mundo o conhecimento das nossas riquezas, da nossa cultura e da nossa sociedade de A a Z, isto é, de Abragão a Urrô. José Vinha conseguiu levar, por exemplo à Austrália, ao Japão, aos Estados Unidos, à China, ao Brasil, etc., penafidelidades como: a última fase da construção do Museu Municipal de Penafiel, a inauguração do auditório no Pavilhão das Feiras, a Bienal de Pintura, a recente conquista da bandeira das acessibilidades, a entrada em funcionamento da mais importante das rotundas de Penafiel (a do Alberto Pinto), o estacionamento subterrâneo ao futuro Museu, a vida de instituições como a APADIMP, os Bombeiros, ou a Santa Casa da Misericórdia, festas e feiras como a do Corpo de Deus, o S. Martinho e a Agrival. E muitas outras coisas positivas (também algumas menos positivas, claro) que na nossa terra vão acontecendo. Ele, José Vinha, é de facto uma instituição, logo é o nosso maior embaixador.

Por isso e mais uma vez, eu digo que o FC de Penafiel, não é, nem merece ter aquele estatuto. Portanto, não merece levar a fortuna que a Câmara lhe dá de mão beijada.

Uma palavra final para o José Vinha. Queria pedir-lhe desculpa por falar de si, sem o seu consentimento e conhecimento. Eu falei no seu nome porque creio que é de inteira justiça reconhecer o seu trabalho no JN, no melhor jornal diário português.

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