INSTANTES DA LUZ - Van Gogh
O Quarto do Artista
As cores são o palco da vida de Van Gogh.
Mesmo em Outubro que é quando as tonalidades
tendem para ocres poéticos que o pintor manipula.
O quarto do artista
tem objectos que tocam a encenação, onde as cores se perdem
ganhando formas sobre formas, chamas sobre chamas.
Uma cama em que as maldições voam da cabeceira para a janela
em relâmpagos verdes-laranjas sem limites.
O lavatório, objecto mágico de pureza absoluta guarda águas sossegadas.
As cadeiras de vime, de conforto incapaz de abarcar as noites,
afastam as ideias anormais, o sentido trágico do pintor.
Os quadros pendurados alteram a dimensão e a disciplina,
mas o conforto quase renasce naquele espaço
que só um pintor podia amar-odiar profundamente.
Derradeira tempestade naquele pedaço de casa amarela em Arles.
Apetece abrir a janela, para o ar sussurrar vendavais de acalmia,
iguais aos de uma criança quando adormece.
Apetece entrar e segredar imagens atormentadas
As cores são o palco da vida de Van Gogh.
Mesmo em Outubro que é quando as tonalidades
tendem para ocres poéticos que o pintor manipula.
O quarto do artista
tem objectos que tocam a encenação, onde as cores se perdem
ganhando formas sobre formas, chamas sobre chamas.
Uma cama em que as maldições voam da cabeceira para a janela
em relâmpagos verdes-laranjas sem limites.
O lavatório, objecto mágico de pureza absoluta guarda águas sossegadas.
As cadeiras de vime, de conforto incapaz de abarcar as noites,
afastam as ideias anormais, o sentido trágico do pintor.
Os quadros pendurados alteram a dimensão e a disciplina,
mas o conforto quase renasce naquele espaço
que só um pintor podia amar-odiar profundamente.
Derradeira tempestade naquele pedaço de casa amarela em Arles.
Apetece abrir a janela, para o ar sussurrar vendavais de acalmia,
iguais aos de uma criança quando adormece.
Apetece entrar e segredar imagens atormentadas
com luz rarefeita em telas excessivas e calor inclemente.
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