A MANIFESTAÇÃO DE LISBOA
OUTRA VEZ OS PROFES
Mais uma corrida. Mais uma viagem. Mais uma excursão.
Mais uma vez o Marquês de Pombal a aspirar o cheiro a profes. O odor não era propriamente um Chanel, mas algo mais familiar. Para não cheirar a suor. Para não cheirar a trabalho, muito trabalho, os docentes esgotaram as perfumarias das suas localidades, comprando colónias de todas marcas e feitios.
No sábado, Lisboa cheirava bem. Cheirava a rosmaninho, cheirava a lavanda, cheirava a malmequeres, cheirava flores de todas as cores.
Se em Março foram 100 mil os funcionários públicos que debandaram até à capital, desta vez o número de “trabalhadores” do estado, ultrapassou um milhão. Foram dizer mais uma vez que não querem esta avaliação. Não dizem o que querem, mas sabem que não querem esta, que o mesmo é dizer que o que querem, é nenhuma avaliação.
Eles, os profes, dizem pensando que convencem alguém, que esta forma de avaliação é burocrática. Como se alguns papéis a mais fossem a mola impulsionadora e motivadora para tanto restolho.
Não vou repetir o que eu disse em Março passado. Mas, ó profes, o que vos move são os problemas ligados ao acesso e progressão na carreira. Mexe-vos no bolso.
Já agora, que estão a pensar numa greve para 18 de Janeiro, porque não param por alturas do Natal? Pois é, já estão parados, já estão de férias, duas semanas. Pois é.
Não queria terminar sem dizer, que a recente subida das notas em matemática, nem sequer foi obra de uma maior aplicação de profes. Foi tudo manobra do governo baixando o nível de dificuldade nos exames.
É um prazer ver os profes a lutar pelos seus direitos, já que os têxteis, os vidraceiros, os caixeiros, os carpinteiros, os metalúrgicos, esses já foram.
Ainda não perdi a esperança de ver classes mais modernas, como gestores, directores, administradores, assessores, deputados e seus apaniguados marcarem jornadas de luta. Havia de ser lindo, ver reunida tanta gravata junta. Mas por favor não vão para Lisboa. Rumem até á Covilhã, até à Marinha Grande, até Mogadouro, Alcanena, Peniche, Portimão, Beja, etc. Descentralizem lá um bocadinho. Sempre Lisboa, sempre Lisboa também cansa, porra.
Mais uma corrida. Mais uma viagem. Mais uma excursão.
Mais uma vez o Marquês de Pombal a aspirar o cheiro a profes. O odor não era propriamente um Chanel, mas algo mais familiar. Para não cheirar a suor. Para não cheirar a trabalho, muito trabalho, os docentes esgotaram as perfumarias das suas localidades, comprando colónias de todas marcas e feitios.
No sábado, Lisboa cheirava bem. Cheirava a rosmaninho, cheirava a lavanda, cheirava a malmequeres, cheirava flores de todas as cores.
Se em Março foram 100 mil os funcionários públicos que debandaram até à capital, desta vez o número de “trabalhadores” do estado, ultrapassou um milhão. Foram dizer mais uma vez que não querem esta avaliação. Não dizem o que querem, mas sabem que não querem esta, que o mesmo é dizer que o que querem, é nenhuma avaliação.
Eles, os profes, dizem pensando que convencem alguém, que esta forma de avaliação é burocrática. Como se alguns papéis a mais fossem a mola impulsionadora e motivadora para tanto restolho.
Não vou repetir o que eu disse em Março passado. Mas, ó profes, o que vos move são os problemas ligados ao acesso e progressão na carreira. Mexe-vos no bolso.
Já agora, que estão a pensar numa greve para 18 de Janeiro, porque não param por alturas do Natal? Pois é, já estão parados, já estão de férias, duas semanas. Pois é.
Não queria terminar sem dizer, que a recente subida das notas em matemática, nem sequer foi obra de uma maior aplicação de profes. Foi tudo manobra do governo baixando o nível de dificuldade nos exames.
É um prazer ver os profes a lutar pelos seus direitos, já que os têxteis, os vidraceiros, os caixeiros, os carpinteiros, os metalúrgicos, esses já foram.
Ainda não perdi a esperança de ver classes mais modernas, como gestores, directores, administradores, assessores, deputados e seus apaniguados marcarem jornadas de luta. Havia de ser lindo, ver reunida tanta gravata junta. Mas por favor não vão para Lisboa. Rumem até á Covilhã, até à Marinha Grande, até Mogadouro, Alcanena, Peniche, Portimão, Beja, etc. Descentralizem lá um bocadinho. Sempre Lisboa, sempre Lisboa também cansa, porra.
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