Diálogo entre o Chato e o Fedorento
Dois amigos, o Chato e o Fedorento, encontraram-se no Café da Sociedade em Penafiel. Local onde diariamente se reúne o Sinédrio dos Resistentes, onde se conversa e desconversa, constrói e desconstrói, e até se inventa problemas relacionados com Penafiel e os penafidelenses.
Um, o Fedorento, vinha carregado de jornais como sempre. O outro, o Chato, de óculos na ponta do nariz, trazia uma bolsa à tiracolo, brandindo energicamente um jornal, que por acaso - dizia ele - era o melhor jornal da região do Vale do Sousa, que até traz sempre um “produto”-nas-últimas-páginas-p´rá-gente-manjar.
Então disparou para o Fedorento:
- Tu sabes qual é o jornal da região do Vale do Sousa, que é grátis, grátis, grátis, mesmo muito grátis, muito grátis, que até cansa de ser tão grátis? Sabes qual é, sabes, sabes, sabes?
- Sei.
- Então cala-te.
- Mas vamos lá ver. É grátis ou à pala ?
- Vê lá tu que esse jornal até te dá essa possibilidade de poderes escolher, entre, à pala ou grátis.
Passados uns dias e a uma quinta feira à tarde, no mesmo Café, o Fedorento atira-se ao Chato:
- Ora bolas, disseste que este jornal era à pala. Que era grátis, grátis, grátis. Mesmo muito grátis, muito grátis, que até cansava de ser tão grátis.
- Claro que eu disse que esse jornal era grátis, grátis, grátis, mesmo muito grátis, muito grátis, que até cansava de ser tão grátis.
- Mas este jornal não foi grátis, grátis, grátis, mesmo muito grátis, muito grátis, que até cansava de ser tão grátis.
- Então?
- Foi à borliú.
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