20 dezembro, 2007

PRENDAS DE NATAL


Meu querido Pai Natal
espero bem que tu me atendas
P´ra meu uso pessoal
quero mais que muitas prendas.

P´ra já quero um profe bom
que me ensine devagar
como subir de escalão
sem eu muito me esforçar.

Também quero um metro cúbico
de paz, calma e lentidão.
Só um funcionário público
atesta tal certidão.

Quero muitos directores
muito bem engravatados
E outros tantos gestores
p´ra gerir seus ordenados.

Podem ser dois ou trezentos
engenheiros e doutores
rodeados de quinhentos
ou seiscentos assessores.

Também quero um hospital
para de abortos fazer
um anticoncepcional
num país a envelhecer.

E que tal uma Cimeira
um tratado tanto dá?
Discursar a vida inteira
blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá.

Para o Banco Alimentar
contribuam meus senhores.
Para a comida se dar
a médicos e professores *.

Pai Natal, estes stores
afinal têm fominha.
Para estes comedores
arranja-me uma prendinha.

Vai-me um machado arranjar
bem afiado instrumento
para eu poder cortar
a cabeça ao “pensamento”.

Obrigado Pai Natal
tanta prenda e bom presente.
que vais fazer afinal
muito feliz muita gente.

Podem par´cer um pavor
estes versos, estes modos.
Mas deseja o seu autor
um bom Natal para todos.

* Não sei se sabem, mas há gente que, com vencimentos acima dos três mil euros, recebe comida do Banco Alimentar Contra a Fome.
Phone-ix!!!!!!!!!

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