02 janeiro, 2008

ENTREVISTA


Cansei-me de esperar. Fartei-me de aguardar pela entrevista que se impunha ao “Derradeiro Olhar”. Nunca entendi porque razão este “jornal” através do “Molhar Indiscreto”, não me viesse entrevistar, uma vez que não sendo vereador de nenhuma câmara do Vale do Sousa, também sou muito importante. Eu que o diga. Então para grandes males grandes remédios. Resolvi entrevistar-me a mim próprio. O produto final, se calhar ainda é melhor do que o de muita gente que, mais que do que eu, só tem a gravata.

NOTAS CURRICULARES

Fernando Beça Moreira, que anda por aí a “cantar” desde 1949, é neste momento, presidente da administração da empresa “Esquinas de Portugal”, depois de ter tido igual cargo na “Caixa Geral de Fósforos”. Neste momento tem acções em vários bancos: “banco de nevoeiro”, “banco de esperma”, “banco de jardim” e “banco alimentar contar a fome”. Recusou ter um cargo administrativo na empresa municipal “Penafiel Verde…Tinto”.

Em criança, o que sempre desejou ser, quando fosse grande?
Eu andava na escola primária, e numa redacção, eu escrevi que quando fosse grande, eu gostaria de ser avaliador de professores.

O que gostaria de fazer e não sabe?
Desenhador de Shoppings. Estão muito na moda, em particular em Penafiel, concretamente em Novelas, Guilhufe e se calhar… no espaço do antigo Cine-Teatro S. Martinho.

O que lhe dá maior prazer na vida?
Ver a ministra da educação, Maria de Lurdes Rodrigues, a atesanar a paciência dos profes.

Qual o melhor e pior momento da sua vida?
O pior momento foi quando me esbarrei com o Dr. Picanço, da e na plataforma dos 29 sindicatos dos professores. O melhor foi quando ele caiu abaixo da plataforma e foi fazer “picanços” para os peixinhos.

Qual a situação mais caricata que já viveu?
Foi ter ido para a cerimónia do meu próprio casamento, que se realizou na Igreja da Matriz, que ficava a cerca de 100 metros de distância de minha casa de solteiro, num velho Fiat 600.

Se tivesse 20 anos, o que faria de diferente?
Não ia para a tropa como fui em 1970. Nesse tempo que eu perdi, tinha tirado um curso de professor por correspondência. Hoje estava no topo da carreira a ganhar um balúrdio.

Comida favorita?
Pus de lado qualquer dieta. Passei a comer de tudo, menos carne e peixe, só para chatear o colesterol e os avêcês. Não abro mão de umas pataniscas de feijão verde, ou uma cabidela de abóbora.

Bebida de eleição?
Vinho. Bebo francamente bem. Bebo muito vinho maduro. Bebo aos comeres. Bebo aos beberes e bebo muito mais quando vou conduzir, porque o vinho faz bem à circulação:

Qual a sua maior excentricidade?
Sou um coleccionador inveterado. Colecciono de tudo. Desde objectos da marca “Sentir Penafiel”, como bonés, canecas, tigelas, postais, passando por esferográficas, balões, isqueiros, pins, t-shirts da coligação eleitoral “Penafiel Quer”, até “calinadas” de professores. Estou mesmo a preparar uma colectânea de gafes e pérolas de profes para posterior publicação. Algum ex-aluno que saiba de algum episódio mais “pedagógico”, de algum seu ex-professor, envie para este blogue.

Férias, cá dentro ou lá fora?
Férias sempre. Fora ou dentro, tanto faz. Fico endividado para todo o ano. Mas o que interessa é passar a imagem de que comigo não há qualquer crise.

Viagem de sonho?
O meu sonho é ir à quinta da Aveleda. Ou não fosse ela a maior maravilha de Penafiel.

Reza? Quando foi a última vez que o fez?
Rezo todos os dias. De manhã e à noite. De manhã, uma Avé Maria com meia de leite e uma torrada. À noite, antes de deitar, um Pai Nosso com um chã de hipericão e bolachas Maria. Sou muito de…voto. Voto sempre.

Qual a figura internacional que mais admira?
O rei de Espanha, Juan Carlos, por ter mandado calar o “chato” do Chavéz. Também gosto muito da rainha de Inglaterra. Trabalham muito e ganham pouco.

E a figura nacional?
Cavaco Silva, um funcionário público de 70 anos, com três reformas e um emprego muito preocupado com os rendimentos de dirigentes das empresas. Muito preocupado com a pobreza e a exclusão social.

Quem deixava ficar numa ilha deserta?
Deixava ficar o famigerado “bando dos quatro”: Bush, Blair, Durão e Aznar. Mas com a condição, que esta ilha fosse invadida por H2O, uma fórmula química.

Descreva uma situação recorrente.
Uma conversa de café entre amigos, em que todos falam e o burro sou eu.

Uma música inesquecível?
“Chama o Alberto” do Toy.

Qual o último livro que leu?
Em finais de 2005, li dois livros de uma assentada. O primeiro foi “Como ganhar eleições em Penafiel com uma perna às costas” de Alberto Santos. O segundo tinha o título: Como o PS sofreu em Penafiel a maior humilhação eleitoral de sempre”, de autoria de Nelson Correia em parceria com António França.

Mais algum livro?
Mais dois. Estou a ler “Nos Braços de Morfeu”, de Micael Cardoso, para depois ler “Lá Vai Disto” de Sousa Pinto.

Qual o melhor filme?
“Afasta de Mim Essa Urgência”
do ministro da saúde Correia de Campos.

Qual foi a melhor prenda de natal que recebeu?
A ligação à rede de saneamento “gratuita”. O pai natal foi o Dr. Mário Magalhães, presidente da administração da empresa municipal “Penafiel Verde”.

Se fosse primeiro ministro, qual seria a sua primeira medida?
Tal como o Emílio Frias disse ao “Verdadeiro Olhar” há dias: “acabar com o rendimento mínino”. Só que eu acrescentaria que se devia "canalizar tal subsídio para reforçar as reformas dos profes, dos médicos, dos magistrados e dos políticos".

Se fosse presidente da Câmara Municipal de Penafiel, qual seria a sua maior prioridade para 2008?
Adquiria meia dúzia de eléctricos, para deslizarem sobre os “carris amarelos” que colocaram na zona histórica da cidade.

Qual o seu objecto pessoal preferido?
Ando sempre com um Shopping no bolso. Pode acontecer que apareça por aí um local onde o instalar. Na rua do Carmo, na travessa dos Fornos, no largo da Ajuda, ou na Praça da República, nunca se sabe. Onde der jeito e o PDM (não) consentir.

Tem algum hobbie. Qual?
Contabilizar as placas inaugurativas, em que está inscrito o nome do nosso presidente da Câmara Municipal, Dr. Alberto Santos.

Se tivesse de encarnar numa personagem de banda desenhada, qual seria?
O general Custer. Para exterminar o que resta dos “índios”, que andam por aí. Não se convencem de que o seu lugar é nas reservas.

Não sai de casa sem fazer o quê?
Sem me calçar. Não gosto de andar descalço, nem por um decreto.

O que pensa fazer quando se reformar?
Contratar um gestor, bem assessorado, para gerir o valor da minha pensão.

Que loucura faria só por amor?
Não é de todo uma loucura. Mas por amor a Penafiel, ao património, à cultura e à arte, era capaz, se tivesse poder, de gastar a “derrama” e o “IMI” da nossa câmara, para devolver a dignidade aos passeios da cidade, recolocando-lhes a calçada à portuguesa.

O que reteve do ano de 2007?
Duas frases muito bonitas e muito importantes, proferidas pelo social-democrata, Dr. Miguel Veiga: Quem não tem memória, morre de frio” e “Quem não gosta demais, não gosta bastante”. Frases estas que devem ser direccionadas ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Penafiel, Dr. Alberto Santos, pela relação que tem com o nosso concelho, concretamente com a cidade de Penafiel.

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