12 novembro, 2008

DIA DE S. MARTINHO





AS CORES DE OUTONO

Hoje é dia 12 de Novembro. Portanto ontem foi dia da cidade de Penafiel estar sitiada, ocupada por uma certa ruralidade que ainda é a grande referência deste país.

Não gosto da minha cidade nestes dias. É mercadoria a mais para o meu armazém. Nunca gostei desta bagunçada. Nunca gostei desta confusão, de semelhante barulheira. Nunca gostei da feira de S. Martinho. Este des(gosto) já vem do tempo em que eu tinha a idade pelos calções. Nunca consegui adormecer no dia 9 e acordar no dia 21 de Novembro. Não gosto de feiras deste género.

Depois, acho um abuso ocuparem a cidade durante tanto tempo. Acho injusto não se poder circular pela cidade, calmamente, docemente durante esses dias de multidões, de barracas e borrachões. As tradições não justificam tudo.

Eu penso assim, que é que se me há-de fazer?
Vou mais por feiras como a Agrival. Com mais ou menos música pimba, com mais ou menos gastronomia, eu vou por aí. Agora S. Martinho, nem pensar.
Então no dia deste santo que até é francês, fugi da cidade e procurei outra Penafiel. Uma Penafiel mais condizente, com a forma de eu ver e sentir as coisas. Brisamente, fui levado ao encontro do meu mundo. Um mundo onde eu sinto que sou pessoa, um animal não foge e natureza aplaude com as suas melhores cores.

Por falar em cores, decerto já viram antes deste texto, alguns sinais dessa tarde de S. Martinho.




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