30 maio, 2007

CENSURA EM PENAFIEL

Ainda existe o lápis azul

Trinta e três anos depois do 25 de Abril, o lápis azul voltou a fazer riscos. Foi em Penafiel e na imprensa local. Foi concretamente no jornal “Notícias de Penafiel”, que a censura voltou a fazer das suas.
Quem está ao corrente do que se vai fazendo em matéria de opinião nos jornais de Penafiel, já se apercebeu que na semana passada (25 de Maio), as minhas “ousadias” não apareceram publicadas.
Não foi por falta de artigo. Não foi por falta de assunto. O texto em questão é o que está publicado neste blogue, antes deste e intitula-se “O Prémio Daniel Faria”.
O Sr. director do referido jornal, que me mandou chamar à redacção, entendeu, primeiro que havia um parágrafo no texto (que já estava paginado), susceptível de causar problemas, e que por isso era melhor suprimi-lo. Só que depois pensou melhor e sem nada me dizer, decidiu suprimir todo o texto. Atrás do texto foi também uma “pandemia do granito” em redondilha maior, que ia publicando no “cantinho da poesia”. Foi tudo p´ró maneta. Claro que os meus poemas não se comparam com os de Daniel Faria. Mas pelo menos toda a gente os percebia.
O Sr. director do jornal mais independente e pluralista de Penafiel, aconselhou-me a ser mais suave nas minhas opiniões. Vejam lá, logo eu que nem fumo. E quando fumava consumia “SG Ventil”, nunca fumei Português Suave.
Não vou dizer que em Penafiel há um défice democrático. Mas digo que o meu texto de opinião foi censurado e mais nada. A gente não se acredita em bruxas, e depois abre a boca de espanto.

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