FALAR PENAFIDELENSE
A(S) PISCINA(S)
De repente toda a gente falou delas. De um momento para o outro, todo o mundo ficou a saber que as piscinas nas termas de S. Vicente, estavam votadas ao abandono. Que estavam degradadas. Que aquilo mais parecia um matagal interrompido por uns tanques de água suja proveniente da chuva.
Parece que ninguém sabia disto. Não sabia o Sr. presidente da Junta de Freguesia do Pinheiro, nem o Sr. Eng.º Manuel António. Tanta gente distraída. Quem andou da perna, quem esteve à altura dos acontecimentos, foi o PS de Penafiel que, rápido à bilheteira, logo emitiu um comunicado à imprensa fazendo acusações, pelo estado lastimável das piscinas.
Quanto vale um blogue, senhores políticos. Quanto vale um blogue senhores jornalistas, para estar a par dos assuntos mais quentes. Então a consulta do Penhafidélis não é meio caminho andado? Bruxo!
A estória conta-se em duas penadas.
No último sábado de Julho, o Sr. vereador do PS, eng.º António França e mais três “manfios”, isto é, eu, o Bica e o Soares de Cabeça Santa, após solicitação deste, fomos dar uma volta por aquela freguesia para ver umas “coisas”, como por exemplo, um valente “lago” sem a mínima vedação, a céu aberto, junto a uma pedreira na dita freguesia do nosso concelho. (atenção que pode estar aqui um perigo público. Isto merece um olhar atento por parte das autoridades políticas desta terra).
Como estava muito calor, como o sol já estava a fazer estragos nas nossas moleirinhas, isto é, nos 100 biliões de células pensantes que todos temos, alguém alvitrou: e se fôssemos dar um mergulho às piscinas das termas de S. Vicente, que é aqui perto? Bora daí dissemos logo, que já suávamos por tudo quanto é pele e pêlo. Mas não temos calções de banho, disse um. Não faz mal, nadamos em cuecas, disse outro. Bora daí gritamos em uníssono, já em passo de corrida para o carro. E qual Pedro Lamy, o Soares colocou um paralelo no acelerador e em menos de meio tempo, já estávamos a estacionar junto ao pobre e tosco Posto de Turismo de S. Vicente.
Chegamos lá (às piscinas das Termas), e qual foi o nosso espanto ao verificarmos que não podíamos chapinar nas cálidas águas uns com os outros. Não podíamos nadar vigorosamente de prego ao fundo. Não podíamos enfim, imitar, quiçá superar, na maior o Spitz, o Felps ou o Paulo Friksceneths. Muito menos manjar umas garinas em topless atrás de uns óculos escuros de cinco euros comprados nos chineses. Nada. Tudo vazio. Tudo fechado. Tudo abandonado e tudo cada vez mais quente.
Mas o mais decepcionado era eu. È que fui lá todinho a pensar em recriar o filme da minha vida, “A Piscina” com a Romy Schneider e Alain Delon, dos anos sessenta. Parecia que já estava a ver a bela Sissi toda nua. Já estava a ver o filme sem cortes como aconteceu há 40 anos. Mas debalde. De grilo. Qual Sissi, qual nua. Nada. Só caganatos. Caganatos e rãs a coaxarem, como quem ri destes quatro “manfios” que pensavam que as piscinas nas Termas de S. Vicente, serviam de cama para o sol se deitar com a água e dali nascer um poema de amor.
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