NOMES QUE A MORTE NÃO APAGOU - Agostinho da Silva - 13/02/1906
O que se em oferece dizer sobre Agostinho da Silva, não é muito, porque só muito tardiamente tomei conhecimento desta grande personalidade portuguesa. Lembro-me das suas “conversas vadias” na televisão. Registei com muito agrado, quando ele disse uma vez, que as portas do ensino superior deviam estar abertas a toda a gente, independentemente das notas alcançadas pelos alunos serem dez ou vinte valores.
George Agostinho Baptista da Silva, nasceu na cidade do Porto em 13/02/06 (faz hoje 102 anos) e fez os seus estudos em Barca de Alva e na cidade do Porto, mais concretamente o liceu e a universidade.
Em 1929 licenciou-se em Filologia Clássica na Faculdade de Letras da Universidade do Porto com 20 valores e o doutoramento com o “maior louvor”.
Entre 1931 e 1933 estagiou como bolseiro em Paris. De regresso, em 1933, torna-se efectivo num liceu em Aveiro. Dois anos depois é exonerado por motivos políticos. O seu pensamento e os seus escritos incomodavam o regime, o que o levou à prisão do Aljube.
Na qualidade de professor do ensino oficial, em 1935, é demitido por se ter recusado a assinar uma declaração onde devia declarar não pertencer a nenhuma organização secreta.
Entre 1935 e 44 vai residir em Madrid (como bolseiro) e depois em Lisboa (vivendo de aulas no ensino particular e de explicações) onde se relaciona com o grupo da Seara Nova, e, posteriormente com António Sérgio.
Depois disso, foi para o Brasil. E é lá que pesquisa em entomologia e parasitologia. Foi ainda impulsionador e criador de várias universidades (afastadas, normalmente dos grandes pólos de desenvolvimento), de estações científicas, de centros de pesquisa e intercâmbio, a par de intensa actividade pedagógica.
Em 1969, regressa a Portugal após a doença de Salazar e a sua substituição por Marcelo Caetano, que deu origem a alguma abertura política e cultural do regime, continuando os estudos e actividades relacionados com a poesia, tradução, história, teologia, filosofia, matemática e ciências.
Em 1990, a RTP emitiu uma série de treze entrevistas ao professor, denominadas “Conversas Vadias”.
Agostinho da Silva morreu em Lisboa a 3 de Abril de 1994.
Ano em que a 10 de Janeiro tomou posse como presidente da Câmara Municipal de Penafiel, o Eng.º Agostinho Gonçalves do partido Socialista. A 26 de Fevereiro, realizou-se a cerimónia de abertura oficial da “Lisboa 94 – Capital Europeia da Cultura. E a 6 de Novembro, o primeiro-ministro Cavaco Silva inaugurou em Cabo Verde, as emissões da RTP e da RDP internacionais.
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