09 fevereiro, 2008

NOMES QUE A MORTE NÃO APAGOU - Bertolt Brecht 10/02/1898



A ideia que eu tenho deste poeta, dramaturgo e encenador, vem do período do pós 25 de Abril. Brecht era lido, recitado, recriado pelas melhores razões, em qualquer lugar onde houvesse tertúlia ou intervenção político – cultural. De sua autoria, lembro-me de ver na televisão as peças de teatro: “Mãe Coragem” interpretada por Maria do Céu Guerra e “Ascensão e Queda da Cidade de Mahagonny” no Festafidélis de Penafiel.

Eugen Bertolt Friedrich Brecht faz amanhã 110 anos qe nasceu. Foi a 10 de Fevereiro de 1898 em Augsburgo, na Bavária, Alemanha.
No fim dos anos 20, quando os céus da Alemanha escureciam sob o negrume de uma crise económica, Brecht estudava “O Capital” de Karl Marx, transferindo o tema central dos seus textos: antes, numa sociedade de hábitos burgueses, o homem era inimigo do homem; depois a vida reduz-se a uma luta pela sobrevivência perante um inimigo maior, a ditadura do dinheiro, o capitalismo.
Em 1928, conhece o êxito com diversas obras, entre as quais a “Ópera dos Três Vintens”, numa memorável colaboração de Kurt Weil. Foi com este compositor norte-americano que elaborou um tema musical popularizado pelos Doors, o celebre “Alabama Song”.
Em 1941, Brecht vai para os Estados Unidos, mas depressa regressa a casa. A América estava mergulhada num cego anticomunismo. Vivia-se neste país a época da “caça às bruxas”.
Em 1948 fixa residência em Berlim, na antiga República Democrática Alemã. Depressa reconhece que existe um abismo entre a vida num país estalinista e o que ele sonhara para um estado comunista: a sua defesa do comunismo baseara-se na fé de que esta ideologia seria uma alternativa ao fascismo militarizado.
Cada vez admirava mais a serenidade e confiança de Marx, Engels e Lenine, que continuavam a defender ideais em tempos de turbulência. Sofrendo do coração, repudiava a impaciência e queria ver outra vez em cena a sua peça “Galileu”, nem que levasse anos a mostrar o que desejava. Um ataque do coração vitimou Bertolt Brecht no dia 14 de Agosto de 1956.

Ano em que a Câmara Municipal de Penafiel era presidida pelo Dr. Francisco da Silva Mendes e da morte do penafidelense Padre Américo (16/07). Ano em que são aprovados os estatutos da Fundação Calouste Gulbenkien (18/07), sendo José de Azeredo Perdigão o seu primeiro presidente.

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