18 fevereiro, 2008

NOMES QUE A MORTE NÃO APAGOU - Jack Palance - 18/02/1919


Apesar dos muitos filmes que interpretou ao longo da sua carreira, para mim, o nome de Jack Palance está intimamente ligado a uma grande série que passou no pequeno ecrã portugueses na década de sessenta: “ O Maior Espectáculo do Mundo”. Alternava com o “Bonanza”e o “Danger Man”e a “Policia na Estrada” nas minhas preferências televisivas de miúdo. Ele era o proprietário de um circo que corria cidades e vilas dos Estados Unidos e que em cada episódio havia sempre um problema para resolver: Um palhaço que adoecia, uma fera que fugia ou um vendaval que levava a cobertura do circo. É daí que conheço Jack Palance, não sendo de esquecer a sua participação naquele que foi talvez o seu maior filme “Shane” de 1953.

Nasceu como Vladimir Palaniuk na Pensilvânia a 18 de Fevereiro de 1919, filho de ucranianos. Trabalhou em minas, ganhou uma bolsa de futebol americano para a Universidade da Carolina do Norte, que abandonou depois de dois anos enojado com a comercialização do desporto, tornou-se pugilista profissional no final dos anos 30 e pilotou bombardeiros. Depois de ser desmobilizado em 1944 e com uma graduação da Universidade de Stanford, teve várias ocupações para o sustentar durante os seus pequenos trabalhos em teatro, desde empregado a nadador salva-vidas, vendedor de cachorros quentes, empregado de mesa e modelo fotográfico.
A sua estreia no cinema dá-se em 1950, sob o nome Walter Jack Palance, em «Panic in the Streets/ Pânico nas Ruas», de Elia Kazan, em que era um criminoso.
Referiu numa entrevista que "a maior parte do que faço é lixo" e que muitos dos realizadores com quem trabalhou eram incompetentes: "A maior parte deles não deviam sequer dirigir o trânsito".
Nos anos 80, ganhou notoriedade ao ser anfitrião de «Ripley`s Believe It or Not», uma série que relatava acontecimentos reais bizarros, e que aliás o trouxe ao Mosteiro da Batalha para narrar a história de Pedro e Inês.
Pela sua interpretação em “A Vida, o Amor e as Vacas”, Jack Palance, 73 anos, concretizou a profecia que lhe fora feita por um realizador no início da sua carreira, 42 anos antes: recebeu o Óscar de Melhor Actor Secundário.
A sua distinta aura sinistra, com 1,93 e uma voz baixa que o tornava ainda mais assustador, tornou-o um dos preferidos de Hollywood.

Jack Palance faleceu há pouco tempo. Foi no dia 10/11/2006, com 87 anos.

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