13 novembro, 2008

MANUEL ALEGRE OU TRISTE


FALTA DE PACIÊNCIA

Parece que o poeta Manuel Alegre anda um tanto incomodado com a "ditadura" da Ministra da Educação.
Diz mesmo já não ter paciência para Maria de Lurdes Rodrigues.

E que tal se ele fosse atentar contra a natureza, contra a poesia indo à caça ou à pesca e no intervalo fosse às touradas? Podia ser que lhe fizesse bem à cachimónia.

Desde que viu tanta gente a votar nele nas presidenciais de 2005, este homem ainda não desceu das nuvens.

12 novembro, 2008

DIA DE S. MARTINHO





AS CORES DE OUTONO

Hoje é dia 12 de Novembro. Portanto ontem foi dia da cidade de Penafiel estar sitiada, ocupada por uma certa ruralidade que ainda é a grande referência deste país.

Não gosto da minha cidade nestes dias. É mercadoria a mais para o meu armazém. Nunca gostei desta bagunçada. Nunca gostei desta confusão, de semelhante barulheira. Nunca gostei da feira de S. Martinho. Este des(gosto) já vem do tempo em que eu tinha a idade pelos calções. Nunca consegui adormecer no dia 9 e acordar no dia 21 de Novembro. Não gosto de feiras deste género.

Depois, acho um abuso ocuparem a cidade durante tanto tempo. Acho injusto não se poder circular pela cidade, calmamente, docemente durante esses dias de multidões, de barracas e borrachões. As tradições não justificam tudo.

Eu penso assim, que é que se me há-de fazer?
Vou mais por feiras como a Agrival. Com mais ou menos música pimba, com mais ou menos gastronomia, eu vou por aí. Agora S. Martinho, nem pensar.
Então no dia deste santo que até é francês, fugi da cidade e procurei outra Penafiel. Uma Penafiel mais condizente, com a forma de eu ver e sentir as coisas. Brisamente, fui levado ao encontro do meu mundo. Um mundo onde eu sinto que sou pessoa, um animal não foge e natureza aplaude com as suas melhores cores.

Por falar em cores, decerto já viram antes deste texto, alguns sinais dessa tarde de S. Martinho.




11 novembro, 2008

CÂMARAS MUNICIPAIS, UMA VERGONHA NACIONAL


EIS O REGABOFE DOS POLÍTICOS NUMA DAS SUAS MAIORES EXPRESSÕES.

Isto foi, segundo o jornal “Correio da Manhã”, na Câmara de Lisboa. Só que esta “filha da putice” acontece em todo o país.

Quando confrontados com esta situação os senhores políticos, os senhores autarcas dizem com o maior descaramento “a lei permite, está tudo dentro da lei”.

Isto só vem reforçar o que eu já disse neste blogue “O 25 de Abril só veio para engordar políticos”.


09 novembro, 2008

A MANIFESTAÇÃO DE LISBOA


OUTRA VEZ OS PROFES

Mais uma corrida. Mais uma viagem. Mais uma excursão.
Mais uma vez o Marquês de Pombal a aspirar o cheiro a profes. O odor não era propriamente um Chanel, mas algo mais familiar. Para não cheirar a suor. Para não cheirar a trabalho, muito trabalho, os docentes esgotaram as perfumarias das suas localidades, comprando colónias de todas marcas e feitios.

No sábado, Lisboa cheirava bem. Cheirava a rosmaninho, cheirava a lavanda, cheirava a malmequeres, cheirava flores de todas as cores.

Se em Março foram 100 mil os funcionários públicos que debandaram até à capital, desta vez o número de “trabalhadores” do estado, ultrapassou um milhão. Foram dizer mais uma vez que não querem esta avaliação. Não dizem o que querem, mas sabem que não querem esta, que o mesmo é dizer que o que querem, é nenhuma avaliação.

Eles, os profes, dizem pensando que convencem alguém, que esta forma de avaliação é burocrática. Como se alguns papéis a mais fossem a mola impulsionadora e motivadora para tanto restolho.
Não vou repetir o que eu disse em Março passado. Mas, ó profes, o que vos move são os problemas ligados ao acesso e progressão na carreira. Mexe-vos no bolso.

Já agora, que estão a pensar numa greve para 18 de Janeiro, porque não param por alturas do Natal? Pois é, já estão parados, já estão de férias, duas semanas. Pois é.

Não queria terminar sem dizer, que a recente subida das notas em matemática, nem sequer foi obra de uma maior aplicação de profes. Foi tudo manobra do governo baixando o nível de dificuldade nos exames.

É um prazer ver os profes a lutar pelos seus direitos, já que os têxteis, os vidraceiros, os caixeiros, os carpinteiros, os metalúrgicos, esses já foram.

Ainda não perdi a esperança de ver classes mais modernas, como gestores, directores, administradores, assessores, deputados e seus apaniguados marcarem jornadas de luta. Havia de ser lindo, ver reunida tanta gravata junta. Mas por favor não vão para Lisboa. Rumem até á Covilhã, até à Marinha Grande, até Mogadouro, Alcanena, Peniche, Portimão, Beja, etc. Descentralizem lá um bocadinho. Sempre Lisboa, sempre Lisboa também cansa, porra.




02 novembro, 2008

ARRANJOS URBANÍSTICOS EM PENAFIEL


OBRAS DE REQUALIFICAÇÃO
EM PENAFIEL

Chegou-me às mãos com um mês de atraso (30 de Setembro) o Jornal de Penafiel, que trazia uma entrevista com o vereador do urbanismo, Adolfo Amílcar. Fiquei a saber que o executivo camarário vai fazer obras de requalificação na cidade.

Eu até dei um salto na cadeira quando li: “entre os projectos destacam-se os arranjos na rua principal, junto ao edifício da autarquia, alargamento dos passeios, requalificação da zona em frente à câmara.”.

Sr. Adolfo Amílcar, eu tenho um medo que me pélo dos arranjos urbanísticos que esta câmara tem levado a cabo aqui na cidade.
Desta vez o que será que se vai destruir? Será isto? Será aquilo? Eu não sei e tenho um medo do caraças de saber.

Esta história já tem barbas. É recorrente. Estamos sempre a falar nisto. Mas tendo em conta o lindo serviço que fizeram nos passeios, que vão do café Bar, até ao café à Nova Doce, boa coisa não será com certeza.

Eu já disse milhares de vezes em relação aos passeios: aquilo é nada. É zero. Aquilo está feio. Está horrível. Tenho pena da falta de visão que houve naquela obra. Uma zona de granito, não justifica o que se fez. Pobres os que arquitectaram aquele trabalho.

Por isso, Sr. Adolfo Amílcar, “não entendi” quando disse na entrevista: “Tenho a sensação que tem havido mais cuidado no planeamento e preservação do que há de bom na cidade, nomeadamente no centro histórico que temos, que é muito importante para Penafiel”.

Toda a gente sabe que o Sr. é de Mirandela, e que não tem nenhum amor a esta terra. Porque se o Sr. fosse de cá natural, não subscreveria o que está feito no centro da cidade, desde o café Centopeia ao Café Bar, (obra de Agostinho Gonçalves) e deste café até, como se disse atrás, à Nova Doce.

Sr. Adolfo Amílcar, tenha uma certeza. Eu não sou contra as mudanças. Muito pelo contrário. Eu próprio depois de casar já mudei de casa quatro vezes. A próxima será a da Quinta das Tabuletas lá em baixo, na Saudade.
Sou muito progressista. Nada conservador. Sou de esquerda. Nos Estados Unidos não votaria no candidato de Nuno Melo do CDS. Eu sou a favor de boas lufadas de ar fresco.

Em texto escrito há dias, eu frisei alguns arranjos urbanísticos que aplaudi, realizados no tempo dos cinzentos vinte anos do PS local. Só que os ventos de mudança “Sentir Penafiel”, quando sopram, não vêm de feição. Arrasam tudo. Destroem tudo.
Isto faz-me lembrar o Siza Vieira.

A propósito de Siza Vieira, não resisto em contar o que eu li numa revista há tempos (um ano, talvez): “Visite Vidago antes de Siza Vieira”. Ora projectando esta estória para Penafiel, podia-se criar um logótipo com a seguinte mensagem: “não visitou a cidade de Penafiel antes de Alberto Santos, visitasse”.

Devo recordar uma frase lapidar de um ex- autarca de Penafiel: “um político eleito, de estragar, não tem o direito”.

Por amor de deus, deixem esta cidade em paz. Vão para Novelas fazer estádios de futebol, Shoppings, edifícios “marcantes”. Vão para Milhundos fazer Bracalândias. Mas deixem a cidade em paz.

Sr. Adolfo Amílcar, e para terminar. Será se calhar cedo para me pronunciar sobre a obra do antigo Magistério, mas pelo que já está feito, aquilo pelo excesso em altura vai ficar uma desgraça. Vai ficar pior, que o que estava. É só espreitar dali do café Alvorada, da Praça Municipal. É uma paisagem “lindíssima”. Vamos aguardar pelo fim da obra e depois vamos comparar com os tempos antigos...
Como se percebe, a foto que acompanha este texto é de autoria de Antony


Assim falou na primeira página o jornal regional “Novas”.

POBRES CÂMARAS MUNICIPAIS
POBRE PAREDES
POBRE VALE DO SOUSA
POBRES JORNAIS

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