27 novembro, 2007

NOBEL DA PAZ, OU NOBEL DA GUERRA?


No passado sábado, dia 24, tomamos conhecimento, via comunicação social televisiva, de dois grandes acontecimentos no mundo.

O primeiro veio da Austrália, em que o primeiro ministro Jonh Howard perdeu as eleições. Mais um país em que a direita leva no pêlo. Mais um criminoso a juntar a Aznar, a Blair, a Berlosconi, pela borda fora. Não esqueçamos que Howard também apoiou a guerra no Iraque. Só que os autralianos disseram o que queriam para o país dos cangurus e não queriam para o Iraque, isto é, o regresso das tropas australianas já em 2008.
Como já disse noutros textos, só lamento que esta gente não esteja na cadeia.

O segundo acontecimento importante chegou até nós através da boca de Ramos Horta. Este senhor que também apoiou a invasão do Iraque, veio agora dizer que vai propor Durão Barroso para prémio Nobel da Paz.


Meu Deus, onde chega o desplante. Onde chega a estupidez. Onde chega a canalhice. Os criminosos de facto falam a mesma língua. Durão Barroso prémio Nobel da Paz, é o maior insulto que o bom senso, a cultura, a inteligência, a própria paz podiam receber.

Eu não acredito que os homens possam descer tão baixo. Que possam vir a ser tão pequeninos. Mas que dá vontade de soltar uma valente gargalhada, bem à moda do Pai Natal, lá isso dá: ho…ho…ho…ho…ho…ho…ho…

23 novembro, 2007

TADINHO DO INGÉNUO


No passado dia 18 de Novembro, o Sr. Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, deu uma entrevista ao Diário de Notícias e à TSF.

Não ouvi, nem li a entrevista. Fui apanhado de surpresa e não consegui adquirir o jornal. Mas deu para perceber, através de alguns títulos que foram aparecendo na TV e na Internet, que o homem manifestou-se arrependido e que foi enganado na questão da guerra do Iraque.
Engraçado que há tempos, o escritor Francisco José Viegas, disse no programa do canal 2 “A revolta dos pasteis de nata”, mais ou menos o mesmo. Este disse que foi embrulhado pelas informações que foram surgindo. É caso para dizer: tadinhos dos ingénuos. Tadinhos dos anjinhos.

Pelo lado do escritor, nem me aquece nem me arrefece. Passa-me ao lado qualquer desculpa. Dele nunca li nada, nem pretendo ler. Francisco José Viegas faz parte de uma treteirice intelectual de direita, de que fazem parte nomes como o do “grande” director do jornal “Público”, José Manuel Fernandes, o do “grande” escritor, filósofo, historiador, Pacheco Pereira e o do “grande” poeta e ensaísta Vasco Graça Moura. Pelo lado do ex-primeiro ministro de Portugal, eu fiquei indignado, antes e depois.

Indignei-me antes, quando ele abriu as portas do nosso país, para uma cimeira de guerra, aos pistoleiros, (tal como ele) Bush, Blair e Aznar, de que resultou num dos maiores crimes contra a humanidade.
Indignei-me agora, por ele dizer na entrevista, entre outras aleivosias, que Portugal não tem que lamentar o que sucedeu, e que na altura, apenas foi atrás dos aliados amigos de Portugal, isto é, EUA, Inglaterra e Espanha.

Realmente, Portugal não tem que lamentar, pois o crime de invasão, foi levado a efeito no Iraque e não no nosso país. Quem foi invadido, humilhado, torturado e assassinado, foram os iraquianos e não os portugueses.

Quanto aos amigos aliados a quem Durão estendeu a passadeira, viu-se ainda agora, quando Bush declinou literalmente o ensino nos Estados Unidos, da quarta mais falada língua no mundo, a portuguesa. Isto é que são amigos.

Mas há uma coisa que Durão Barroso não fez na entrevista, que foi pedir desculpa aos iraquianos e ao mundo pelo acto de que foi cúmplice descarado. Acho que até esteve bem, porque aquilo não tem desculpa para esfarrapar nem justiça para atrapalhar.
Mas o que é certo, é que Durão, todo pimpão, lá continua no prestigiado cargo de presidente da Comissão Europeia, como se nada tivesse passado, cumprimentando todo o mundo, com uma mão cheirando a uma mistura (química) de sangue e petróleo.

Só gostava de perguntar: alguém dá por Durão no poleiro da Europa? Os portugueses já se aperceberam de algo de positivo para Portugal, que tenha o dedo de Durão Barroso? E não haverá por aí alguém que me diga, como é que ele chegou àquele cargo? Com certeza que não foi pela sua competência, uma vez que o homem da tanga, foi o pior primeiro-ministro de Portugal do pós 25 de Abril. Então como foi ele lá parar?

Um dia destes, ainda vamos vê-lo a gozar as suas reformas (uma como ministro, outra como deputado, outra como presidente da Comissão Europeia e outras que ainda hão-de vir), descansadamente, no jardim da celeste, abrindo alas ao Nody.

Vamos vê-lo num cinema, perto dele claro, a assistir divertidamente a filmes como: “Os Grandes Aldrabões”; “A Golpada”; ou “O Ladrão de Bagdad”. Ou então no remanso de sua casa, no quentinho da sua lareira, de chinelos e pijama a reviver na RTP Memória filmes como: “O Fugitivo” ou o “Robin dos Frosques”.

Durão Barroso, faça-se ou não justiça, vai ficar sempre ligado ao maior genocídio do século XXI. É um estigma que o acompanhará até ao fim dos seus dias, quer ele queira que não. O que lhe vale é não ter um pingo de sensibilidade. Por isso os remorsos nunca lhe provocarão insónias.

O que é de lamentar, é que o Tribunal Penal de Haia e o Juiz Baltazar Garzon, só tenham olhos e justiça para criminosos da Sérvia e do Iraque, ignorando uns tantos malfeitores que se dão ao luxo de ainda cirandarem por aí, livres como os passarinhos.

19 novembro, 2007

CONCURSO DE QUADRAS DE S. MARTINHO




No passado dia 18 deste mês, domingo de prendas, decorreu no salão nobre da Câmara Municipal de Penafiel, a cerimónia de entrega de prémios referentes ao XLIV Concurso de Quadras de S. Martinho.

Confirmou-se mais uma vez, o nenhum interesse manifestado pelos penafidelenses pelas coisas da cultura. Mais uma vez as pessoas passaram ao lado de um dos eventos mais importantes e interessantes da feira de S. Martinho e de todo o programa cultural do concelho de Penafiel. Se no salão nobre da Câmara tivesse uma pipa de vinho à borla, com certeza que os premiados deste certame não tinham espaço para se movimentarem.

Com tanto jornal na região, para onde foram os jornais? O Verdadeiro Olhar, o Fórum, o Novas, o Imediato, o Jornal de Penafiel, o Arrifana, onde estiveram? O facto de este evento ser uma criação de um jornal de Penafiel, não é impedimento para os “milhares” de periódicos locais e regionais estarem presentes. Esta tarde de poesia, seja ou não popular, é digna que dela se faça a maior divulgação. Ou será que o S. Martinho é só canecas e vinho?

Mais, onde estavam os políticos de Penafiel? Não apareceram porque não havia blá, blá, blá, nem senhas de presença de setenta euros. E as pessoas de cultura desta terra, não sabiam disto? Não vieram porque a poesia era popular, era foleira. Não se tratava da presença deste ou daquele poeta erudito que lança livros para a intelectualidade, escrevendo poesia que ninguém entende. Onde estava esta malta? Estaria no largo da Ajuda? no mesmo largo que outrora era Compasso da Noite a agora é compasso do vinho?

Também é de registar que o Sr. Presidente da Câmara Municipal, Dr. Alberto Santos, em seis anos que leva à frente dos destinos de Penafiel, só uma vez, esteve presente, sabendo o quanto é importante a sua presença, que só reforçaria o prestígio deste concurso de poesia.

A Câmara Municipal de Penafiel, devia ter outra postura, dar um outro apoio, ter uma outra forma de ler esta página de penafidelidade. Porque aqui e naquela tarde de poesia popular há muito “Sentir Penafiel”, independentemente de os concorrentes serem os não desta terra.

Em relação ao jornal Notícias de Penafiel, a sua direcção precisa de dar uma pedrada no charco e rever estratégias. Precisa de rever o regulamento do concurso, no que diz respeito à quantidade e qualidade de prémios que atribui todos os anos. Não faz qualquer sentido, fazer vir do Porto, da vila das Aves, ou de onde quer que seja, um concorrente para receber como prémio, um bolo-rei, um corte de cabelo, ou uma assinatura de jornal, por exemplo.

Para terminar, aqui fica a nota de que o primeiro prémio deste concurso de quadras de S. Martinho, foi atribuído a António José Rodrigues Barbosa, de Penafiel, com a seguinte quadra: "O verde está na videira / o vermelho está no vinho. / Cores que são a bandeira / da feira de S. Martinho".
Para o ano há mais.

12 novembro, 2007

PÁSSAROS DE PENAFIEL
Esta imagem mostra bem, que no passado (cerca de 50 anos) a poda das árvores era feita tardiamente. Se virmos bem, nota-se que as árvores já têm poucas folhas que levadas pelo vento, “ordenaram que os pássaros fossem dormir para outro lado. Hoje não se faz assim porquê? Por causa do S. Martinho? Por causa das iluminações do Natal? Não me convenço. Penso que é tudo uma questão de sensibilidade, tão arredia ali para os lados da Praça Municipal.

PORQUE NÃO TE CALAS?

Assim falou o rei de Espanha. Foi esta pergunta que Juan Carlos fez a Hugo Chavez na última cimeira ibero americana em Santiago do Chile. Só que o presidente da Venezuela entendeu que os 500 anos de silêncio que a Espanha lhe infligiu no passado, já tinham sido mais que suficientes, e que por isso, agora outro galo canta.

Assim falou o rei de Espanha. Foi esta pergunta que Juan Carlos fez a Hugo Chavez na última cimeira ibero americana em Santiago do Chile. Só que o presidente da Venezuela entendeu que os 500 anos de silêncio que a Espanha lhe infligiu no passado, já tinham sido mais que suficientes, e que por isso, agora outro galo canta.

Muito incomodado com o “chato” venezuelano, o rei de Espanha Juan Carlos mandou-o calar.
Ora essa! Que autoridade tem Juan Carlos para mandar calar Hugo Chavez, assim publicamente? Depois quem é Juan Carlos?

Tanto quanto se sabe, este rei nem sequer é espanhol. É italiano. Nasceu em Roma. Depois nunca fez puto na vida. Viveu sempre às custas do herário público espanhol. Nunca foi eleito pelo povo. Só por este facto, o rei de Roma não tem qualquer legitimidade para falar mais alto, muito menos para tentar silenciar quem quer que seja, muito menos quem tem o direito de se defender dos constantes ataques demagógicos levados a cabo pelos espanhóis na pessoa de José Maria Aznar.

Pode-se discordar do modelo de governação de Hugo Chavez. Podemos ser contra àquela tentativa de ele se perpetuar no poder através da alteração da constituição venezuelana. Pode ser apelidado de ditador. Pode sim senhor. Mas cada um tem a sua forma de ver a democracia. Porque se ela for levada à letra, era o povo que estava no poder. E não é com certeza Juan Carlos que nunca foi eleito, nem Cavaco Silva (que na sua intervenção, aludiu ironicamente sobre os diferentes conceitos de democracia) que aufere três reformas de luxo, enquanto dois milhões de portugueses se encontram no limiar da pobreza.

Os espanhóis ficaram, Zapatero incluído, muito escandalizados por Hugo Chavez chamar fascista a José Maria Aznar. Ele lá terá as suas razões. Não teria estado de facto Aznar por trás do golpe de Abril de 2003, que derrubou por uns dias o governo eleito pelos cidadãos de Hugo Chavez? O presidente venezuelano garante que sim.

Todos nós sabemos a que estirpe política pertence Aznar. Todos nós sabemos que Aznar, graças às suas alucinações, muito contribuiu para os atentados terroristas de 11 de Março em La Tocha. Ele foi um dos que viu as armas de destruição maciça no Iraque. Ele foi um dos elementos do “bando dos quatro”, a par do psicopata Bush, e dos seus lacaios Durão e Blair, ao levarem a cabo a cimeira de guerra dos Açores, antecâmara da invasão de terras iraquianas. A propósito do Iraque, onde estava Juan Carlos, (e voltando a ele) quando José Maria Aznar invadiu o berço da humanidade a mando da América de Bush e contra a ONU de Cofi Annan?

Mas se calhar o grande busílis desta questão, é que, depois de tantos anos de história, Juan Carlos ainda não digeriu a grande derrota que a Venezuela infligiu a Espanha, aquando da libertação daquele país da América latina, das garras coloniais espanholas em 1811, corporizada por Simon Bolíver.

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