29 abril, 2008

CAVACO SILVA E O 25 DE ABRIL



Cavaco Silva é o presidente da república portuguesa. Foi eleito por cerca de 30 por cento dos eleitores, mas quer se queira, quer não, é o chefe da nação. Hoje é o dia em que ainda não digeri o resultado das últimas eleições presidenciais e já lá vai algum tempo. Não gosto de Cavaco Silva. Nunca gostei. É um mau presidente, é um péssimo político. Tenho muita dificuldade em suportar este senhor.


Quando era primeiro-ministro era homem para nunca se enganar. Vivia convencido que andava sempre no pelotão da frente. Não sei de que pelotão, mas ele dizia isso constantemente. Quando achava que as coisas não lhe corriam bem, pirava-se para o Alentejo profundo com algodão nos ouvidos, para não escutar as forças de bloqueio que andavam a atrapalhar a “retoma” que tanto apregoava. Foi, na minha opinião, o pior primeiro-ministro depois do 25 de Abril, logo a seguir a Durão Barroso e Santana Lopes. Olhem que três. Só falta o maior, o D`Artagnan, para estar completo o ramalhete dos três/quatro mosqueteiros. D`Artagnan que pode vir direitinho da Madeira.

Quando foi presidente do conselho, a única reforma que fez, foi a sua, para juntar às outras duas, que ainda não tinha, mas que veio a ter. E a quarta pensão já vem a caminho. Neste país, a uma vida em que um gajo vive com quatro reformas, devia chamar-se a quadratura do circo. Sim porque uma coisa destas, só pode acontecer num espaço que meta palhaços, logo ocorrem palhaçadas.

Bom, este arrazoado todo, serve para introduzir o tema deste texto, que tem a ver com o discurso de Cavaco Silva, aquando das comemorações do 25 de Abril.

Com que então o nosso presidente está impressionado com a ignorância dos nossos jovens, no que diz respeito à política. É caso para questionar: Afinal Cavaco vive em que país? Ele não sabe que os putos nada sabem de política? Por onde tem andado Cavaco que ignora a ignorância dos putos?

Ele deu um ralhete aos deputados da Assembleia da República, como se a culpa fosse só deles. Ele devia era estar calado. Ele foi político muitos anos e primeiro-ministro durante dez. Ele quis vestir a pele de Pilatos, mas esta roupagem não lhe serve. A fatiota da culpabilidade fica-lhe melhor. Ele também tem grandes responsabilidades no assunto. Eis Cavaco Silva mais uma vez no seu melhor, perdão, no seu pior.

Os políticos não valem nada e ele também não. Ainda recentemente fez a aquela triste figura na Madeira. Ignorou a “boca do Inferno” do senhor da república das bananas, que anda a conspurcar com as suas diatribes, o que resta desta democracia. Que exemplo político deu Cavaco à juventude? A política com estes políticos vai para onde?

Isto só vem reforçar aquilo que eu venho dizendo já há alguns anos: O 25 de Abril é um fiasco, é um embuste, é uma mentira pegada. Ou seja, a revolução foi muito bonita, mas a sua evolução é uma brincadeira de Carnaval..

Se olharmos para a nossa democracia, o 25 de Abril só valeu a pena por ter terminado com a miserável guerra colonial. O resto é uma grandessíssima treta.

O 25 de Abril só serviu para “engordar” políticos. Quanto aos partidos, eles não são sinónimo da democracia coisa nenhuma. Os partidos só apareceram para dar cabo dela. Só apareceram para lançar boémios, tangas, picaretas falantes, comedores e maus governantes. Os partidos só olham para os cidadãos quando estes têm cara de voto, da sua cor. Não há democracia neste país. O exercício de votar, a liberdade de falar, por si só não chega. Não é por acaso que, hoje como ontem, quem não é pró, é contra. Quem é contra, é personna non grata. E isto não é democracia. E não vale a pena estar aqui com acentos repetitivos.

Não há democracia em Portugal. Para mim é ponto assente. Os partidos e os políticos estão a mais neste país, não fazem falta à democracia

Estou convencido que pode haver democracia sem esta tropa fandanga. Um dia destes virei falar disto mais em pormenor. Virei a falar de como é possível uma democracia plena sem partidos, sem políticos, sem politiquices e sem politiqueiros.

Há quem sustente, há muito quem diga e com bastante frequência, que é melhor uma má democracia que uma boa ditadura. Quem assim fala é político de barriga cheia. Eu prefiro, sem margem para qualquer dúvida, uma boa ditadura, a uma democracia como esta que nós aqui temos. Porque esta, nem democracia é. Parece-se mais com um concerto do Tony Carreira, em que tudo é muito bonito, tudo em grande, mas não passa de um produto plastificado em que o autor troca notas musicais por notas de conto, com uma facilidade de estarrecer. Muita forma, pouco conteúdo. Muita matéria, pouca essência.

Esta democracia não tem alma. Esta democracia só interessa aos políticos, aos profissionais da política. Não interessa aos cidadãos, não interessa às pessoas.
Só vou dar um ou dois “pequenos” exemplos, dos milhões que têm desvirtuado a democracia desde Abril de 1974:

Reparem no que vinha no jornal há dias: O governo mudou uma lei para atribuir ao general Ramalho Eanes uma segunda pensão de reforma. Pensava-se que não podia acumular duas reformas, vindas do estado, mas afinal podia (no caso de Eanes, uma por ter sido presidente da república e outra de general das forças armadas). Depois a lei diz que, basta a um ex-presidente da república exercer este cargo só um mandato para ter direito a 80 por cento do seu vencimento. Quer dizer, trabalha (?) cinco anos e recebe uma pensão de milhares de euros, para além de muitas outras mordomias. Isto num país de 2 milhões de pobres, 500 mil desempregados, milhões mal reformados e mais de 200 mil cidadãos que têm fome. Para não falar dos 21 por cento de pobreza infantil que o relatório da OCDE acaba de assinalar.

Mais, o mesmo governo atribuiu há dias ao automobilista Tiago Monteiro um subsídio de 2 milhões de euros para correr na fórmula 1.E a seguir retira o abono de família a 500 mil famílias.
Se isto é democracia, eu estou como diz o José Mário Branco numa canção das suas: “houve aqui alguém que se enganou”, numa alusão directa ao facto do 25 de Abril de 74 ter terminado em 25 de Novembro de 75.

A haver democracia, esta é a do “comes e bebes”. Só que à mesa não está toda a gente. Só os políticos têm direito a lambuzarem-se com as “gorduras” do 25 de Abril. Basta ter atenção ao percurso dos políticos, como eles se movimentam nos corredores dos seus interesses. Sendo depois ainda gratificados com várias reformas e pensões vitalícias.

Depois querem que a juventude perceba de política. Faz ela bem em mandar a política e os políticos às urtigas. Umas discotecas, umas canecas e umas boas quecas, eis Portugal bué de fixe.

TODOS AO CAMPO DA BOLA

Tendo em conta que a Câmara Municipal de Penafiel, concretamente o pelouro da cultura, de que é responsável o Dr. Rodrigo Lopes, deixou passar em claro dias como o Dia Mundial da Poesia e o Dia Mundial do Livro, não devemos passar ao lado do Dia Municipal do Tony Carreira, que é comemorado no dia 21 de Maio no campo da bola.Se és um grande penafidelense, não te esqueças de contribuir para um grande dia em Penafiel. Por isso, todos ao campo da bola na véspera do Corpo de Deus. Penafidelenses uni-vos em torno de Tony Carreira. É Penafiel no seu melhor.

AS NOVAS GERAÇÕES

Ei-los que voltaram. Voltaram os comentários e os comentadores. Voltaram rasteiros e roedores. Voltou a literatura de bordel e a linguagem trauliteira. Voltaram os avençados do PSD/CDS. Voltaram os assessores da coligação “Penafiel Quer”. Voltaram os empregados do “aterro” e as “laranjas” podres.

Eis a nova geração de analfabetos, a geração “papa chiclete” a geração da gravata com que assoa o nariz. É só clicar onde diz “comentários”. E ei-los em três grandes dimensões: estupidez, cobardia e insanidade.

Ó gente pequena, mesmo assim estou tentado a abrir-vos uma janela: limitem-se a concordar ou a não concordar, a discutir o que eu vou dizendo. Digam coisas que valham a pena serem lidas.

O problema é que vocês não sabem dizer nada. Não entendem a língua de Camões. Se calhar percebem melhor o português desse grande linguista Jardim-da-república-das-bananas. “Bando de loucos”, que não entendem patavina do que aqui se vai escrevendo.

Então prometo que de futuro vou descer ao vosso nível. Vou regressar à estaca zero. Vou regressar à idade do calhau. É que, justiça vos seja feita. Ninguém tem culpa que a burrice, ande por aí em bandos. Por isso prometo que os próximos textos serão mais acessíveis. Se calhar mais a puxar à caneca de tinto “Sentir Penafiel”. Mais a roçar à lampreia à mesa, com arroz ou à bordalesa.

Serão com certeza estes os idiomas que vocês comem e bebem melhor. Mandar-vos para a Fonte do Carvalho, é bom de mais. A sua rima, está melhor, muito melhor. Entenderam, ou é será necessário descodificar?

PENAFIEL CADA VEZ MELHOR



De há uns tempos a esta parte, Penafiel está debaixo de uma parafernália de (e)ventos que eu sei lá. (E)ventos fortes, mas também com alguma precipitação, esta por confirmar, evidentemente. Daqui por algum tempo, vamos ver se chove ou não.

No ano passado foi anunciado um (e)vento forte. Um (e)vento que só ocorre em Penafiel de cem em cem anos, como o nosso presidente da Câmara Municipal, Alberto Santos, fez questão de frisar. Estou a falar concretamente do “Paraíso da Brincadeira”, vulgo Bracalândia, o tal equipamento que, estima-se, vai receber por ano cerca de 350 mil brincalhões, dando trabalho a não sei quantos penafidelenses desempregados

Mas atenção, já há quem diga que o parque temático já não vem para cá. Vendo a “boca” pelo preço que a comprei. E se não vier, também não faz falta nenhuma. Prefiro o Recreatório recuperado, sem qualquer dúvida.

Seguiu-se depois o anúncio de mais um (e)vento. Só que este não é um (e)vento qualquer. Este não é forte, é fortíssimo. É um ciclone, é um tufão, é um tornado. Novelas vai tremer com semelhante (e)ventania. Parece que já estou a ouvir o Tony de Matos a cantar “vendaval passou, nada mais resta…” A cidade está de malas aviadas para Novelas. O centro cosmopolita, o CBD de Penafiel, vai ser ali. Vai lá estar tudo.

Habitação. Como se já não houvesse nesta terra oferta que chegue. Bombas de gasolina. Há tantas, que a gente agora só se lembra é de eventuais bombas da Alquaeda. Comércio. Quando tal, há mais vendedores que compradores. Campo de futebol. Está visto que o nosso maior embaixador quer mudar de casa. Está visto, que o nosso FCP, como está para subir de divisão, já não tem espaço para se movimentar. Já anda a trautear a canção da Lenita Gentil, “Preciso de Espaço para ser Feliz”. Está visto que o nosso FCP, de tanto se esticar, já tem a cama curta.

Bom, mas o núcleo, o olho da tempestade, está concretamente no Shopping Center Dali de Baixo, que segundo estimativas “muito realistas”, vai receber logo no primeiro ano 6 milhões de visitantes, com uns tantos milhares de empregos à cabeça.

Nesta matéria, aqui deixo umas questões, ao presidente da edilidade penafidelense, mesmo correndo o risco de ser um tanto repetitivo, porque creio que já falei disto: Com tanto “fogo de artifício”, com tanta “luminosidade” ali para os lados da estação, não irá a cidade ficar mais às escuras? Com tanta urbanidade, com tanto desenvolvimento, com tantas atenções viradas para os lados do Rio Sousa, como é que vai resolver o problema da desertificação da zona histórica de Penafiel?

Desconfio que os (e)ventos de Novelas vão ser de tal forma fortes, tão abrangentes, que os seus efeitos devastadores se vão fazer sentir na zona nobre desta terra, varrendo-a do mapa.

E agora, veio num jornal da região do Vale do Sousa, uma primeira página com o nosso Presidente da Câmara Municipal, dizendo em entrevista que: Penafiel vai receber o maior evento de massas de sempre”. E de que se trata, pergunta o barbas ao vento que passa? Evento de massas? Não se tratando do Toy, do Quim Barreiros, nem do Tony Carreira, o que poderá ser? Não haverá neste (e)vento, que se anuncia forte, também alguma precipitação do presidente da autarquia de Penafiel? Vamos ver. A chuvinha faz muita falta, mas espero que não meta muita água, porque senão vai tudo pró maneta, como no tempo dos (e)ventos napoleónicos.

E afinal o que vem a ser o “maior evento de massas em Penafiel”, como anuncia Alberto Santos? A leitura da entrevista diz-nos que é um mundialito de futebol de praia em Entre-os-Rios, no Verão. Só que, e contra o costume, não é referido o número de visitantes que se prevê, nem quantos postos de trabalho vai dar origem.

Eu não queria dar por terminado este texto sem embalar no “diz que diz”. Não resisto à tentação de pôr a boca no trombone. Ouvi dizer que, o que vai substituir o café e a esplanada do Jardim do Calvário, é uma pizzaria.

Ora aqui está uma excelente ideia. Aqui é que vai nascer um (e)vento de massas e de massa. Já imaginaram, eu, bucolicamente sentado junto ao busto do poeta António Nobre, com o “Só” numa mão e uma fatia de pizza noutra?

Há porém, virtudes neste empreendimento. Como estamos a falar de massa, é bom lembrar que os cereais são óptimos para a saúde. Pode ser que esteja aqui a solução para alguns problemas de subnutrição, que é uma das causas de tuberculose, que está em franco regresso, no Vale do Sousa, concretamente em Penafiel.

Eu ainda não queria meter a viola no saco, não queria ir embora, sem enaltecer e aplaudir dois (e)ventos monumentais que foram sugeridos na última Assembleia Municipal, a saber: o presidente da Junta de Freguesia de Eja, tendo em conta o sucesso alcançado este ano, sugeriu o alargamento no próximo ano, do período do (e)vento gastronómico da festa da lampreia em Entre-os Rios.

A outra sugestão partiu de Fernando Malheiro. Este deputado socialista sugeriu um (e)vento marca anzol, que, dada a sua importância é estruturante para Penafiel. Então não é que o ex-presidente da Junta de Novelas se lembrou de mandar os penafidelenses à pesca. Propôs a criação de uma pista de pesca desportiva no Rio Sousa, ali na futura zona mais do concelho? Espectáculo. Os peixes têm que se pôr finos.

Razão lá tem o deputado social-democrata, Alberto Clemente, quando disse ainda na dita Assembleia Municipal, que “Penafiel está cada vez melhor”.
Eu também acho. Com tantos e tantos, interessantes e estruturantes investimentos. Com tantos e tantos e tamanhos eventos. Perante semelhante desenvolvimento, a minha terra, já não é uma terra, é um aterro.

21 abril, 2008

INSTANTES DA LUZ - Camille Pissarro


PONTE ROYAL

Paris amanhece com olhos de insónia.
O rio Sena apercebe-se dos tons azuis-esverdeados
de uma manhã de Inverno.

Saboreia-se esta tela com a exaltação reivindicativa a roçar o transe,
tal é o seu cântico imortal das grandes obras.

A ponte debruça-se sobre o rio
à procura de uma névoa disponível para se esconder.
Esta desce persistente pelas árvores desfolhadas,
para escrever a sua realidade:
ganhar a vida namorando o Sena.
A cor local quase não existe.
é o ar a interpor-se entre nós e os objectos.
São rumores fiéis à natureza,
numa mensagem que se enquadra para além da tela.
A luminosidade é quase metálica, é um rumor do Louvre ao fundo,
capaz da suprema visão que nos acaricia o olhar.
O barco ancorado à margem ressona elevadíssimo torpor.
limita-se a beber o deslizar de outras embarcações
com destinos acantonados noutras tintas.

O pintor, está em constante transgressão.
Todos os sentidos apontam para a outra margem
em cumplicidade com as cores aplicadas.
Regressa mais tarde para outra alucinação.

COMENTADORES

Como se vê, eu anulei tudo o que era textos sobre professores mais os “milhares” de comentários que lhes estavam apensos. Fi-lo há tempos. Tinha de o fazer. Foi muita coisa pró maneta. Terei de o fazer sempre que o nível deles se pautar como na altura.
Mesmo assim, anda por aí ainda um comentário que fala da anulação dos referidos textos e comentários, perguntando pela minha tolerância.
Ó meu caro amigo, como se pode falar em tolerância perante escritos abaixo de zero, que foram quase todos aqueles referentes a textos sobre professores que aqui coloquei. Uma coisa é criticar as minhas opiniões, que eu aceito plenamente, outra é má criação, é educação de bordel, é baixaria acobardada. Por isso, sempre que por aqui passar comentários anónimos, logo cobardes, com linguagem ao nível dessa gente, vai tudo para o sítio que merecem.
Não acredito que aqueles comentários de latrina, tenham vindo de professores. Acho que os profes não desceriam a tão baixo nível. Aquilo é mais próprio de um pequeno grupo de trogloditas analfabetos, que não tem o que fazer.
Mas atenção, pode haver de facto comentários vindos de profes. Daqueles profes, arrogantes, mal educados, que se julgam acima de toda a gente, que, por serem profes, têm tempo para tudo, até para utilizar a Internet mal e porcamente. Mas eu não quero acreditar.

15 abril, 2008

A TERRA MAIS PIMBA DO MUNDO


E Penafiel continua na senda do pimba. Não se vislumbra quem queira dar uma volta a isto. Não há meio de Penafiel emergir do lodaçal em que caiu. Se calhar empurraram-na para tal abismo. Quem a salva?

Claro que isto já vem de longe. Pior para alguns. Melhor se calhar para a maioria.
No próximo dia 18 deste mês toca a pimbar no campo de futebol, com a dupla de mel Nelo e Cristiana e outras pérolas. Depois, nas festas da cidade, dia 21, ainda no campo da bola, toca a pimbar de novo, desta vez com o Rei-Tony-20 anos-de-Carreira. Penafiel continua a fazer carreira. Esta terra continua a pimbar por todos os lados.
Ó minha terra, continua assim que vais longe. Tens um lindo futuro à tua frente. Eu não te disse Maria Alice, que pimbalhice, rimava com foleirice, parolice e rasquice? Claro que disse.
É ditadura da maioria, que pode não saber o que é um acordo ortográfico, mas salta desvairada com os acordes profundos da tal cultura musical.

Só de me lembrar que ainda há pouco tempo esteve em Paredes, este, aquele e outros, limito-me a morrer de inveja.
Se estou à espera que isto mude, posso pegar numa cadeira e esperar sentado.

Já agora mais umas notas. O Tony Carreira vem a Penafiel, cantar num espectáculo inserido no programa das festas da cidade, creio que a pagar. Devo dizer que este espectáculo de quarta à noite, antes do dia de Corpo de Deus, nunca foi pago. O que é que se passa?

Tendo em conta a receita que o espectáculo vai dar, tendo em conta que a CMP dá cerca de 11 mil contos e a Comissão de Festas vai andar pelas portas na pedincha, sempre gostaria de saber as contas que se vão fazer. Para onde vai tanto dinheiro?

O GRANDE DITADOR

Eu não vou falar do filme de Charlie Chaplin, quando este parodiou Hitler em 1940. Eu vou falar de Alberto João Jardim, o político mais perto de Salazar, que alguma vez governou alguma coisa em Portugal.
Tendo em conta os últimos acontecimentos, eu só pergunto: E não se pode exterminar este sujeito, que anda a sujar a democracia portuguesa?
O homem anda a meter nojo há muito tempo. Ninguém lhe tira a tosse. Ninguém o mete na ordem. Passa a vida a insultar tudo e todos e não leva com um processo, porquê? A imunidade fala mais alto.
Nesta matéria, o PSD é um partido ridículo. Cavaco, Durão, Santana, Mendes, Menezes, todos aplaudem os seus desmandos, as suas palhaçadas, as suas malcriadices, até os défices de democracia. Os social-democratas não correm com ele, porque dele precisam para ganhar eleições.
O ditador da Madeira, agora disse que a Assembleia Regional era um bando de loucos, e que tinha vergonha de os mostrar ao Presidente da República.
Este senhor, andar a passar atestados de atrasados mentais a toda a gente.
Este país não tem vergonha de ter um governante deste jaez. Este país já devia ter dado a independência àquela coisa, àquele pedaço de terra que não faz falta nenhuma a Portugal.
Só de me lembrar o que dele disse o Jaime Gama, é de arrepiar.
Depois, se Cavaco Silva, (o Sr. Silva como ele muitas vezes o rotulou) fosse um presidente de nível, teria cancelado as suas “férias” ao arquipélago.
Só que depois de lá chegar, Cavaco logo fez um elogio ao ditador. Por isso Cavaco é igual a ele. Pertencem ambos à mesma república das bananas.
Há quem sustente que o ditador da Madeira, desenvolveu a ilha como ninguém. De facto, eu com o dinheiro que ele recebeu do continente, teria desenvolvido trinta Madeiras, com uma perna às costas.
É impressionante como os madeirenses votam naquilo. É natural, também só pensam em bola. É bom não esquecer, que a Madeira tem Cristiano Ronaldo, o Marítimo, o Nacional e o União da Madeira em provas desportivas de alto gabarito e custo.

NOMES QUE A MORTE NÃO APAGOU - Charlie Chaplin - 15/04/1889


É, na minha opinião o maior actor de todos os tempos. E o filme “ Luzes na Cidade”, que ele realizou e interpretou, o melhor filme da história do cinema mundial.
Recordo um programa na TV, O Museu do Cinema, na década de sessenta, em que ele era rei e senhor. Quase todos os domingos o Charlô aparecia para nos fazer rir. Foi mais tarde, que apareceram outros filmes como “O Grande Ditador” e “Tempos Modernos” que fizeram história. Charlie Chaplin é a minha grande referência do cinema.

Charles Chaplin Jr. Nasceu a 15 de Abril de 1889, em Londres. Os pais, Charles e Hannan, gente do espectáculo, ensinaram-no a cantar e a dançar.
Tudo começou por agradar a sua mãe, quando teve de a substituir, quando ela estava doente.
Depois da morte do pai, em 1901, Charlie foi entregue a uma instituição de caridade.
O primeiro trabalho relacionado com o que viria a ser pelo resto da sua vida, foi como Billy, o rapaz dos jornais em “Sherlock Holmes. O seu talento para a pantomina foi, aliás, o que lhe garantiu alguns anos seguros no teatro de Vaudeville.
Com 18 anos, Charlie Chaplin foi para os Estados Unidos. Começa pouco a pouco a ser introduzido no meio do cinema. Em 1914 já ganhava 1250 dólares por semana. No ano seguinte encarnou pela primeira vez, a figura do que viria a ser, o vagabundo mais fotogénico de todos os tempos, com o seu bigode, a sua bengala e o seu chapéu de coco.
Podia parecer que a chegada dos filmes sonoros lhe minariam as razões do sucesso. Mas o que veio realmente ensombrar-lhe a existência foi a acusação de que a sua denúncia das injustiças sociais, tinham um pé num qualquer partido comunista. Teria uma inspiração de esquerda, mas filiado num partido nunca foi. O FBI teve dúvidas e fez-lhe a vida difícil. Ironicamente, quarenta anos depois de ter trocado a Inglaterra pela América em busca de melhores perspectivas, faz agora o caminho contrário, pelas mesmas razões.
Em 1972, regressou a Hollyood para um daqueles Óscares que premeiam uma carreira. O vagabundo de alma nobre, morreu durante o sono, no dia de Natal de 1977.

Ano em que foi presidente da Câmara Municipal de Penafiel, Mário Castro e Sousa (PSD). Ano também em que foi formalizado o pedido de adesão de Portugal à CEE (28/03) e da derrota do voto de confiança ao governo socialista 07/12).

11 abril, 2008

PODAR OU NÃO PODAR, EIS A QUESTÃO


Estas árvores que estão junto às oficinas da GNR, não foram podadas este ano, como se vê. Ó pra elas como estão bonitas e viçosas!
Isto só vem provar que as podas das árvores defronte da Câmara Municipal, que são o lar da passarada, não são obrigatórias, nem têm data limite para serem feitas.
Se tivermos isso em conta os pardais, têm casa até mais tarde. O pelouro da CMP que pense nisso. Os pássaros também são gente. Ou não são?
Esta foto é de 10/04/2008.

INSTANTES DA LUZ - Paul Gauguin



Mulheres de Taiti

Vermelhos, púrpuras, azuis e amarelos
inflamam-se como rebentos numa floresta.
Os contrastes aqui neste trabalho de Gauguin,
coam-se contra a vontade do artista,
mas por imposição dos seus dedos
carregados de primitivismo selvagem.
Gauguin, sobressai nesta plácida solidez das modelos
como um quase-aceno à excessiva e circundante natureza.
Não há nesta obra qualquer arco-íris
para nos impor os cantares da dor,
para nos servir palavras ancoradas em quotidianos pássaros.
Mas não passam incólumes aqueles brilhos
que são bétulas nevadas em preto-imortal
e resgatados a uma ameaça de tempestade
que paira em luminosos traços de tinta
e em pedaços de emoção latente.

Dobram-se os olhares das mulheres de Taiti
em busca de um gesto que as pacifique.

INSTANTES DA LUZ - George Seurat


Port-en-Bessin

Da maré deste anteporto, extrai-se um Seurat estimulante
que escorre montanha abaixo em pequeníssimos pontos redondos
até à desconcertante policromia verdejante do cais-mar.
Numa arte apurada na sua finíssima sensibilidade,
o artista vê a natureza com os olhos da mente e sente com o corpo
como os seres temporais s racionais.
Talvez seja correcto chamar a esta tela “Sopros de vida ponto por ponto”,
porque este “divisionista liberta-se uma vez mais da escravidão
da representação fidedigna da realidade.
A liberdade apodera-se das cores, até ao fundo da alma,
ou quem sabe, até ao sonho alado, aninhado, inocente e claro.
As velas que se projectam em reflexos de água em poses provocantes,
são mais do que nunca, inesperadas bandeiras vitoriosas ao vento.
Nelas, há o azul-roxo que se faz ouvir enquanto cor pacífica e sussurrante,
soletrando muito devagar íntimas luzes
que deixam ver o sossego do horizonte.
O verde dilui-se na água,
para que o quadro fique entregue à memória dos olhos.

10 abril, 2008

INSTANTES DA LUZ - Van Gogh


O Quarto do Artista

As cores são o palco da vida de Van Gogh.
Mesmo em Outubro que é quando as tonalidades
tendem para ocres poéticos que o pintor manipula.
O quarto do artista
tem objectos que tocam a encenação, onde as cores se perdem
ganhando formas sobre formas, chamas sobre chamas.
Uma cama em que as maldições voam da cabeceira para a janela
em relâmpagos verdes-laranjas sem limites.
O lavatório, objecto mágico de pureza absoluta guarda águas sossegadas.
As cadeiras de vime, de conforto incapaz de abarcar as noites,
afastam as ideias anormais, o sentido trágico do pintor.
Os quadros pendurados alteram a dimensão e a disciplina,
mas o conforto quase renasce naquele espaço
que só um pintor podia amar-odiar profundamente.
Derradeira tempestade naquele pedaço de casa amarela em Arles.

Apetece abrir a janela, para o ar sussurrar vendavais de acalmia,
iguais aos de uma criança quando adormece.
Apetece entrar e segredar imagens atormentadas

com luz rarefeita em telas excessivas e calor inclemente.

INSTANTES DA LUZ - Alfred Sisley


O Canal Saint Martin

Cantam as pazes da alma matinalmente ondulada
com toques de neblina onde depositamos inquietos os nossos olhos.
A paleta de Sisley, destaca efeitos de luz com matizes rosadas,
como quem sustem com o peito o avanço das águas neste canal,
nesta beleza gasta, usada pelas evidências solares.
Frente à lâmina azulada da água,
respira um instante de luz prevalecente na paisagem,
com barcos esboçados, reflexos algo nocturnos,
buscados na orla do bom-dia das pessoas.
Não dá para esquecer este bem estar com todas as cores,
com este fundo de amantes roçando com a linguagem dos pincéis
esta pequena graça matinal de portas abertas.
A embriaguês das neblinas
tem o condão de espantar os nossos íntimos passos.

09 abril, 2008

NOMES QUE A MORTE NÃO APAGOU - Adriano Correia de Oliveira - 09/04/1942


Andava eu a fazer o 9.º ano à noite. Já lá vão uns tantos anos quando vi meu professor de história a trautear ao som de uma viola o “Cantar de Emigração”, precisamente no dia em que o Adriano morreu, num Outubro que não virou ao rubro.
Não se pode, nem deve dissociar este nome de outros como o do Zeca, do Manuel Alegre, do Vitorino, do Sérgio, do Manuel Freire, do Fanha, do Luís Cília, do Janita, do Fausto, do Carlos Paredes e por aí fora. Companheiros de estrada. Companheiros de lutas e de canções.

Adriano Maria Correia Gomes de Oliveira, nasceu a 9 de Abril de 1942, em Avintes, Vila Nova de Gaia, ali nas margens do Douro.
Desde criança que deu a conhecer a sua magnífica voz e mais tarde, valorizou muitas das festas académicas, designadamente na União Académica de Avintes, de que foi um dos fundadores. Coimbra tornou-se sonho, frequentava ele ainda o Liceu de Alexandre Herculano, no Porto.
A cidade do Mondego chegaria enfim, completado o 7.º ano do liceu. Aqui frequentou o curso de Direito, deixado incompleto apenas por uma cadeira. Representou a Associação Académica de Coimbra, sendo campeão nacional de voleibol.
Entretanto na década de 60 surgia a guerra colonial, já surgia ao lado de José Afonso, no aparecimento de uma nova música de Coimbra, que vai despoletar mais tarde, um outro tipo de música urbana. E são quadras de um extenso poema de Manuel Alegre, que ele espalhou por este país: “Trova do Vento que Passa”.
Outros poetas mereceram de Adriano Correia de Oliveira a escolha de poemas, como: António Gedeão, Manuel da Fonseca, Urbano Tavares Rodrigues. Músicos teve-os dos melhores a seu lado: José Niza, José Afonso, Rui Pato e Luís Cília.
À música portuguesa, Adriano deu tudo. Uma das últimas actuações ocorreu na festa dos trabalhadores da ANOP.
Adriano Correia de Oliveira, foi uma voz de várias gerações que, de Coimbra e noutro tempo, ousaram declarar guerra à guerra e à “paz podre”. Uma voz que nasceu em Abril, ajudou Abril e que Abril libertou.
Adriano morreu em Avintes, Gaia, a 16 de Outubro de 1982.

Ano em que era presidente da Câmara Municipal de Penafiel, António Ferreira Alves (10/01/1980-11/01/1983). O papa João Paulo II visitava Portugal (12/05). Vitória do PS em eleições autárquicas (12/12) e Pinto Balsemão demitia-se do cargo de primeiro ministro (18/12)

INGRATIDÃO


Creio que todo o mundo penafidelense sabe que Justino do Fundo, ex-presidente da Câmara Municipal de Penafiel, disse um dia que “Penafiel era a melhor terra do mundo”. E disse muito bem.
Mas o que pouca gente sabe é que o homem que foi agraciado no passado dia 3 de Março, pela autarquia com a medalha de ouro do concelho, também disse que Penafiel (salvo poucas excepções) era uma terra de ingratos. Aqui também Justino do Fundo esteve bem.
De facto Penafiel é um terra de ingratos. Ou então no mínimo, é uma terra de amnésicos e de mal agradecidos. Isto vem a propósito de quê? Então eu passo a explicar.
No dia 2 de Março deste ano, o Rotary Clube de Penafiel, apresentou no salão nobre da Câmara Municipal de Penafiel, o livro das Maravilhas de Penafiel. Este livro estava lá à venda por 18 euros. Achei algo caro, não comprei.

Agora vou recuar algum tempo. O Rotary Clube de Penafiel, através de um dos seus dirigentes, solicitou-me uma pintura para ser leiloada num posterior jantar, cuja receita reverteria para a APADIMP. Tive todo o gosto em oferecer o quadro aos rotários. Tive todo gosto em ser solidário com a instituição de Milhundos.
Mais tarde, na sequência de um Jornada de Pintura ao Ar Livre, voltei a oferecer uma pintura ao mesmo Rotary, para mais uma vez ser leiloada num jantar. Mais uma vez me senti honrado em participar. Mais uma vez me senti bem quando estive do lado de quem merecia, neste caso foram os Bombeiros de Penafiel.

Pelos vistos a ingratidão não pesa assim tanto.
Bem haja, Rotary Clube de Penafiel.

TRICAMPEÃO


Mais um “apito dourado” atravessado na garganta dos directores dos dois fascistóides pasquins lisboetas: “Record” e “A Bola” e em seis milhões de “lampiões”.

PENAFIDELERROS - Rua D. António Ferreira Gomes


Ninguém vê esta porcaria? Nem Câmara Municipal, nem Junta de Freguesia.
Se calhar não se substitui, porque a “geração rasca” volta a sujar. É tempo perdido. Às tantas têm razão. Um lindo postal que D. António Ferreira Gomes não merece.

PENAFIDELERROS - Bar do Lago


Mais um penafidelerro. Este já tem um tempinho. Talvez uns sete ou oito anos. Por isso já está na altura de o reparar. Não me acredito que a Câmara Municipal e o seu presidente, Dr. Alberto Santos ainda não se tenham apercebido desta obra de arte.
Trata-se da base que suporta a esplanada do Bar do Lago que está dentro de água. Não faz sentido. Não é bonito.

PENAFIDELERROS - Atrás da Câmara Municipal


Volto a falar deste assunto. Outro erro desta terra. É preciso defender a nossa urbe contra estes atentados à estética. Não me acredito que não haja outro lugar onde colocar estes “monos”.
Senhor presidente da Câmara, Dr. Alberto Santos, mande “limpar” este recanto da nossa cidade. D. Faião Soares anda todo zangado. E tem razão. Eu também.
Porque razão os moradores deste local, ainda não viram esta “linda paisagem”. Se calhar gostam. Eu não.

NOMES QUE A MORTE NÃO APAGOU - Bette Davis - 04/04/1908


Fui sempre um simpatizante do cinema clássico. Alguém da minha família, me incutiu esse “defeito”. Por isso torno-me um pouco suspeito falar desta mulher, desta diva do cinema, para mim, talvez a maior estrela da sétima arte mundial, tendo em conta actrizes como Lauren Baçal, Joan Crawford, ou Rita Hayworth. Todas cinco estrelas. Mas Bette Davis tinha de facto mais uma.
Há quem diga que ela não era bonita, nem sexy. Que foi a primeira estrela sem tais atributos a impor-se em Hollywood. Não estou de acordo. Eu acho que Bette Davis era lindíssima. Tinha os olhos mais brilhantes do cinema, que até foram popularizados musicalmente por Kim Carnes “Bette Davis Eyes” na década de 80. Tenho esse single.
Tinha um feitio muito difícil. E isso via-se na tela. Ela não precisava de vestir a pele de muitas das suas personagens. Ela era Bette Davis personagem e interprete, tudo ao mesmo tempo. Ao fazer” Jezebel”, parecia não se saber quando acabava a Bette e começava a “Jezebel”.

Ruth Elisabeth Davis, nasceu há 100 anos, em Lowell, no Massachussets,a 5 de Abril de 1908.
Aos 18 anos, entusiasmou-se com uma peça de Ibsen e foi estudar teatro. Em 1929, estreou-se na Broadway e pouco depois foi descoberta pela Universal, mas assinou pelos irmãos Warner.
A actriz era um geniozinho, o que lhe valeu muitos conflitos no meio cinematográfico. Foi em 1931 que começou a sua longa carreira no filme Bad Sister.
No papel de Mulher Perigosa (Dangerous) de 1953, recebeu o primeiro Óscar. Passados três anos voltou a ganhar o maior galardão de Hollywood, pela sua interpretação em Jezebel, a Insubmissa.
Em 1977, foi premiada pelo American Film Institute, em homenagem à sua carreira. Foi a primeira mulher a receber essa distinção.
Ela que foi casada quatro vezes, que se incompatibilizava muito frequentemente com a família, chegou aos 24 anos virgem e fez mais de cem filmes.
Bette Davis, morreu aos 81 anos de cancro, em Paris, a 6 de Outubro de 1989.

Ano em que é presidente da Câmara Municipal de Penafiel, Justino do Fundo. É criada a Fundação Serralves no Porto, o Prémio Camões é atribuído a Miguel Torga, o prémio Fernando Pessoa à pianista Maria João Pires e da morte de Fernando Namora

NOMES QUE A MORTE NÃO APAGOU - Marlon Brando - 03/04/1924


Falar de Marlon Brando é falar de “Cinco Anos Depois”, de “Há Lodo no Cais” e “Um Eléctrico Chamado Desejo”. Estes são na minha opinião três filmes que marcaram a carreira do actor que também interpretou “O Padrinho” em 1972, que me passou ao lado, assim como “O Último Tango em Paris” em 1973, o tal filme que chocou muito boa gente.

Marlon Brando nasceu em Omaha, Nebrasca, nos Estados Unidos, a 3 de Abril de 1924. Faria hoje 84 anos.
Era conhecido, quando pequeno, como Bud. Era muito popular na escola com as suas mímicas e o seu ar gorducho e bem humorado.
Teve problemas de comportamento na escola. Chumbou nos exames a ponto de concluir que o melhor era ir tentar a vida noutro lado.
Na primavera de 1943, em pleno envolvimento americano na segunda guerra mundial, chegou a Nova Iorque, que o chocou pelo excesso de barulho.
Marlon Brando estriou-se na peça de teatro I Remember Mama, em 1944.
Em 1951, Elia Kazan, decidiu-se por Marlon Brando para protagonista de “Um Eléctrico Chamado Desejo”. Seguiu-se “Viva Zapata” em 1952, “Júlio César” em 1953. Em 1954 interpretou “Há Lodo no Cais”, filme pelo qual recebeu das mãos da diva Bette Davis, o Óscar de melhor actor. Em 1957 teve uma outra nomeação por “Sayonara”, e da vez seguinte voltou a ganhar, mas recusou, como protesto em favor dos índios na América.
Em 1989, conseguiu mais uma estatueta, como o melhor actor secundário pelo filme “Assassino sob Custódia”.
Marlon Brando envolveu-se nas lutas pelos direito das minorias americanas, assumindo uma imagem de marca de natureza mais visível. Os seus hábitos alimentares assumem contornos de lenda: desde os anos 50 que devorava carne, gelados, comida chinesa e manteiga de amendoim em quantidades fenomenais.
Antes de determinados papéis decidia-se por dietas radicais. Por vezes desistia e desatava a comer salsichas, bifes e tartes de toda a espécie. O seu peso iria culminar nos 140 quilos.
Na década de 90, entre longos períodos de retiro, em que fazia meditação e continuava a intervir em causas cívicas, aceitava curtos papéis por dinheiro. Pelos efeitos de uma fibrose pulmonar, Marlon Brando morreu em Los Ângeles a 1 de Julho de 2004.

Ano que em no nosso país se disputava o Europeu de Futebol, em que Portugal foi Scolarmente humilhada na final por uma selecção de segundo plano, chamada Grécia.

NOMES QUE A MORTE NÃO APAGOU - Émile Zola - 02/04/1840


Resolvi trazer aqui a esta coluna Émile Zola, por uma boa razão. Foi amigo de pintores impressionistas, como Edouard Manet e Paul Cézanne. Manet chegou mesmo a fazer um retrato em 1868, como forma de agradecer o facto de Zola defender a sua pintura numa altura em que a crítica era muito hostil. Quadro que está no museu do Louvre.

Émile Edouard Charles Antoine Zola, nasceu em Paris a 2 de Abril de 1840.
Foi um dos artistas que teve grandes problemas na escola. Passou nas provas escritas de admissão à Sorbonne, em ciências e chumbou em letras nas orais. A sua tentativa de entrar para a Universidade de Marselha acabou ainda mais desastradamente, pois chumbou logo nas provas escritas. Numa carta que escreveu ao seu amigo Paul Cézanne, lamentou-se: “Sou um grande ignorante”. Até que começou a escrever “Nana” e muitos outros romances com enorme êxito, fundando o movimento literário naturalista.
Depois de um longo período de dificuldades, Zola encontra um emprego numa companhia de navegação fluvial, a que se seguiu um outro numa casa de edição. Pôde então desenvolver um certo gosto pela poesia, e graças a um poema de dois mil versos, é convidado a trabalhar num departamento de publicidade.
Em 1864 publica “Contes à Ninon”. Em 1865 “La Confession de Claude”. E em 1866, “Mes Haines”.
O ciclo dos Rougon-Macquart, inicia-se com La fortune des Rougons e termina em 1893 com Le Docteur Pascal. Pelo meio, esta obra inclui livros como L`assomoir de 1877 que lhe traz um vasto e inesperado reconhecimento público, Nana de 1880, Germinal de 1855 e La Bête Humaine de 1890.
Outro dos momentos em que a sua intervenção política salta para a ordem
do dia, tem o título “J`accuse” de 1898. É uma carta aberta ao presidente da república, que fica conhecido como o “caso Dreyfus”, um oficial judeu condenado inocentemente à deportação.
Émile Zola morreu vítima de intoxicação de monóxido de carbono proveniente de um fogão de lenha, a 28 de Setembro de 1902.

Ano em que era presidente da Câmara Municipal de Penafiel, Agostinho Lopes Coelho (14/01/1901 – 02/01/1905 e da morte de Mousinho de Albuquerque, o homem que ficou ligado à prisão de Gongunhana em Moçambique.

NOMES QUE A MORTE NÃO APAGOU - Vincent Van Gogh - 30/03/1853



Foi no Ciclo Preparatório à noite, que tive conhecimento da existência do pintor holandês Vincent Van Gogh. Foram os amarelos dos “Girassóis”. Foram os traços grossos e empastados na figura da figura de “Dr. Gachet” e principalmente a “Paisagem de Colheita”, para mim o mais belo quadro da pintura mundial de todos os tempos. Nunca mais tive olhos para outra corrente pictórica, que não esta, a impressionista, se bem que Van Gogh, se situe já na sua fase final, mais concretamente no pós impressionismo.

Vincent Van Gogh, nasceu a 30 de Março de 1853, em Groot Zundert na Holanda, filho do pastor Theodorus e Anna Cornélia.
Aos 15 anos abandonou a escola. Aos 16 foi trabalhar no comércio de arte em Haia.
Van Gogh tem vinte anos, quando a empresa o enviou para Londres, onde se apaixonou por uma intensa atmosfera criativa e também pela filha da dona da casa onde vivia.
É já numa fase muito adiantada da sua vida que conheceu Paul Gauguin em Arles, sul de França. Começou a ter problemas com a sua saúde. Em Arles, pintou cerca de 200 quadros, entre os quais o célebre “Giarssóis”. No ano seguinte foi internado no asilo de Saint-Rémi.
A melancolia e a demência marcaram a atmosfera do lugar. Mas foi também aqui que encontrou algum equilíbrio voltando a trabalhar. Nesta altura pintou o excelente quadro “ Noite Estrelada”. Era constantemente visitado por seu irmão Theo que lhe vai enviando tintas e dinheiro para as suas maiores necessidades.
Na sequência de muitas discussões com Gauguin, a 23 de Dezembro de 1888, Vincent, teve um dos seus maiores ataques cortando a orelha esquerda com uma faca.
Em Maio de 1890, vivia perto de Paris, e adquirindo uma nova estabilidade emocional, que durou apenas um mês.
No dia 27 de Julho saiu com os seus materiais, e num descampado onde deveria sentar-se para trabalhar, puxou da pistola e deu um tiro no peito.
Conseguiu arrastar-se até casa. Foi chamado o médico. Dada a fragilidade do seu corpo, optou-se por não se tentar extrair a bala.
Vincent Van Gogh morreu com apenas 37 anos, no dia 29 de Julho de 1890.

Ano em que era presidente da Câmara Municipal de Penafiel, Joaquim Pereira de Sottomaior e Menezes (02/01/1890 – 08/11/1900). Ano da morte de Camilo Castelo Branco, em Junho. Ano da indignação de Portugal contra o Ultimato da Inglaterra.

NOMES QUE A MORTE NÃO APAGOU- David Janssen - 27/03/1931


Conheci David Janssen em finais da década de 60, quando deu corpo a um personagem de nome Richard Kimble, médico de profissão, numa série de televisão denominada “O Fugitivo”. Foi uma história muito empolgante em que ele era perseguido por acusação de ter morto a sua própria esposa. Por sua vez, Kimble perseguia o verdadeiro assassino, um maneta.
Devo dizer por motivos da minha ida para a tropa, não cheguei a ver o tão almejado e decisivo último episódio desta excelente série.
Penso que foi o trabalho mais marcante deste excelente actor, desaparecido do mundo dos vivos muito cedo.

David Janssen de nome verdadeiro, David Harold Meyer, nasceu a 27 de Março de 1931 em Naponee, Nebraska, nos Estados Unidos.
Apareceu em dezenas de filmes e séries de televisão a partir de sua estreia, em 1952, no filme Bonzo Goes to College.
Entre 1957 e 1960 interpretou uma série de televisão “Richard Diamond, Detective Privado”
Participou de produções importantes como Os Boinas Verdes (1968), As Sandálias do Pescador (1968), Sem Rumo no Espaço (1969), Uma Vez Só Não Basta (1975), Conspiração Suíça (1976) e S.O.S. Titanic (1979, feito para a TV).
Sua popularidade aumentou através da participação em inúmeras séries de televisão, como Harry O e O Fugitivo. Esta série com cerca de 140 episódios, foi um sucesso de audiência no Brasil e nos Estados Unidos, onde foi apresentada de 1963 a 1967.
David Janssen faleceu na Califórnia, vítima de um ataque cardíaco a 13 de Fevereiro de 1980.
Ano que era presidente da Câmara Municipal de Penafiel, António Ferreira Alves (10/01/1980 a 11/01/1983).

Ano também da tomada de posse de Sá Carneiro como chefe do VI governo Constitucional (03/01); da vitória da AD nas eleições legislativas (05/10); da morte de Marcelo Caetano no Brasil (27/10), de Sá Carneiro e Amaro da Costa (04/12).

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