Jornal 3 de Março - Opinião

OS MEUS VOTOS PARA 2007

SÃO QUE:
... na Assembleia Municipal de Penafiel haja mais “luta” por parte da oposição.
... as reuniões de Câmara, sejam também menos “amigáveis”.
... haja em Penafiel menos “desqualificações urbanas”
... a pandemia do granito em Penafiel, seja debelada.
... a nossa Câmara não gaste tanto dinheiro com o futebol.
... a “Penafiel Verde” tenha juízo e não envie facturação de dois em dois meses.
... haja mais justiça na taxa do lixo.
... em Penafiel, não exista a “casa municipalizada”

DEPOIS QUE:
... em Portugal haja mais trabalho e mais emprego.
... o ministro da saúde vá dar uma volta.
... a ministra da educação continue a dar baile aos professores.
... Sócrates aumente as reformas decentemente e não como até agora.
... o Primeiro Ministro aperte com os funcionários públicos.
... a despenalização do aborto seja um facto.

E AINDA QUE:
... caia uma bomba no prato da sopa de Bush.
... que Bush vá fazer companhia a Pinochet.
... que deixem o Iraque em paz
... que o Irão a exemplo dos outros tenha o nuclear que entender.
... a desnuclearização total do mundo seja uma realidade.

E PARA JÁ CHEGA. NÃO SE PODE DESEJAR TUDO...
BOM ANO.

jornal 3 de Março - Opinião

VASCO (DES)GRAÇA MOURA

Um dia destes, Vasco Graça Moura (VGM) escreveu um artigo no “Diário de Notícias” falando das personalidades que se evidenciaram neste ano de 2006. As escolhas no campo da cultura nada a opor. Porém no campo da política, as escolhas deste intelectual são uma risota pegada. São um disparate de todo o tamanho. Só dele, porque ele é mesmo assim: cego. Ou quando muito só vêm através de um olho.

VGM, que em tempos chamou garatujas às gravuras rupestres de Vila Nova de Foz Côa, e que hoje são Património da Humanidade, escolhe personalidades como: Cavaco Silva, Marques Mendes, Durão Barroso, Silva Peneda, Carlos Coelho e Rui Rio. Tudo do PSD. Tudo do partido dele. Só faltou colocar na sua lista de eleitos o senhor da Madeira. Aquele Jardim que faz do “contenente” colonialista e parvo. (Porque é que este homem não torna a Madeira independente e depois vai buscar dinheiro ao c....?)
Eu sei perfeitamente o que leva VGM a escolher aqueles políticos. Se de Cavaco Silva, Silva Peneda e Carlos Coelho, pouco ou nada haverá a dizer, do que têm feito, já dos outros eu entendo o porquê da sua eleição como os melhores de 2006.

Durão Barroso merece aquele título, não pelo que fez ( o que é que ele fez na Europa?) em 2006, mas pelo que fez nos anos anteriores ao serviço de Portugal. Ele é o homem da tanga, lembram-se?. Correu com os investidores para fora de Portugal. Depois deu à sola para a Europa, estando por explicar a sua ida para presidente da Comissão Europeia. Se calhar foi por ter aberto as porta a criminosos como Bush, Blair e Aznar para uma Cimeira de Guerra nos Açores, que deu no que deu. Ele que jurou de pés juntos que havia armas de destruição maciça no Iraque.

Marques Mendes líder do PSD e da oposição parlamentar, também está na lista dos maiores, se calhar por ser o culpado dos elevados índices de popularidade de Sócrates. Já algum dia o PSD andou tão por baixo?

Quanto a Rui Rio, o presidente da Câmara Municipal do Porto, também faz parte dos escolhidos de VGM. Esta escolha deve-se ao facto de ter feito aquele lindo serviço na Avenida dos Aliados e ter entregue o Rivoli a Filipe La Féria. Ah... homem do caraças!

Ainda no seu texto de 27/12/06, VGM diz, completamente a despropósito, isto assim: “Pessoalmente, só lamento não tenha havido mais voos da CIA transportando mais suspeitos de actividades terroristas”.
Isto se não fosse trágico, só se entendia de gargalhada em punho! Eu só pergunto: como se pode dizer uma coisa destas? Depois há quem sustente que VGM é um homem de cultura. Que é um grande escritor, um grande poeta e ensaísta.

Para mim VGM não passa de um intelectual de trazer por casa. Com uma sensibilidade rasteira e horizontes completamente fechados. Uma desgraça moura
Ele ainda não percebeu que perdeu a guerra de opinião quando defendeu a invasão do Iraque a exemplo de outros videntes de direita como Pacheco Pereira, Luís Delgado e José Manuel Fernandes, glórias das letras e do jornalismo?

Jornal 3 de Março - Sociedade

MONSTROS EM SANTIAGO

Ou a história de algum sem-abrigo que se esqueceu de levar os tarecos

JORNAL 3 DE MARÇO - Opinião

DIZ QUE HÁ UMA ESPÉCIE DE ROMANTISMO
na Assembleia Municipal de Penafiel


Ó pobre Assembleia Municipal de Penafiel. Quem te viu e quem te vê. Nem sequer umas cócegas, quanto mais uns piparotes.

Num passado recente, era um espectáculo assistir e depois escrever, se fosse esse o caso, sobre uma sessão da Assembleia Municipal de Penafiel. Então os períodos de antes da Ordem do Dia, para mim eram violinos de Paganini, pianos de Chopin, quantas vezes óperas de Verdi. Eram música da melhor para os meus ouvidos.

Se para mim aquilo era música, para outros também podia ser futebol já que é o idioma mais falante hoje em dia.

Então, se França atacava pela ponta esquerda, logo Alberto contra-atacava pela ponta direita. Se Nuno marcava uma grande penalidade, logo o guarda-redes Rodrigo defendia com galhardia para canto. Se Clemente apontava um livre, logo a bola esbarrava numa barreira intransponível. Não havia um fora de jogo que não fosse discutido acaloradamente.

Podia a equipa laranja ganhar no final da contenda, até porque alinhava com mais jogadores, mas a equipa opositora vendia muita cara a derrota, nunca deixava os seus créditos por mãos alheias. Só parava de atacar quando soava o apito final.

Mas hoje na Assembleia Municipal, nem música, nem futebol acontece. Hoje a Assembleia Municipal de Penafiel não passa de um encontro romântico, em que se ouve apenas algumas declarações de amor.

Acho que as futuras sessões da Assembleia Municipal de Penafiel, deviam ser deslocadas para o Parque da Cidade, porque lá o ambiente sempre é mais bucólico, mais poético, mais consentâneo com o clima nataliciamente adocicado, proporcionado pelos seus membros. Até pode ser que apareça por lá um Camões a reviver uma “lusíada” Ilha dos Amores.

Por isso deve ser verdade que andam por aí uns fedorentos a dizer que na nossa Assembleia Municipal há uma espécie de romantismo...