20 outubro, 2006

JORNAL 3 DE MARÇO - Política



Santana critica o estilo de oposição de Mendes

Pedro Santana Lopes quebrou ontem o silêncio sobre matérias do foro interno do PSD, numa reunião do grupo parlamentar, onde também estava Marques Mendes, para lançar o alerta: "Há folga a mais" no combate político ao Governo socialista. O ex-primeiro-ministro pediu a palavra, pouco depois de Mendes ter falado, para o questionar sobre o estilo de oposição que tem sido seguido, sobretudo numa altura em que o Governo estará a contrariar várias promessas eleitorais. Santana referiu-se especificamente à aplicação das portagens nas SCUT, anunciada esta semana: "Há imagens do eng. Sócrates a dizer em campanha 'comigo não haverá portagens nas SCUTs' e ontem limitámo-nos a dizer que concordávamos com o princípio?".

15 outubro, 2006

XV ENCONTRO DOS "MENINOS DE 42"

Mais um livro que se escreveu

Foi no passado dia 7 de Outubro de 2006 que fez 64 anos que “meninos” com Reinaldo Beça, Veiga Ferreira, Álvaro Alves Augusto, Manuel Barroca, Guy Falcão, Mário Teixeira, Normando da Costa, Fernando Costa, entre muitos outros, entraram pela primeira vez na “escola dos rapazes” do Conde de Ferreira.
E 64 anos é muito tempo. É tempo suficiente para que se olhe para trás e se decida “escrever o livro das recordações” que cada um detém no seu imaginário. E mais uma vez se escreveu. E mais uma vez os “meninos de 42” se aprestaram para o fazer.
A primeira página foi totalmente preenchida com a concentração pelas dez horas da manhã, dos “25 resistentes” no recreio da escola que lhes abriu as portas do conhecimento há 64 anos.
Mãozadas e abraços serviram de introdução ao “ó pá estás bom, essa saúde? Cá vamos andando, nunca pior”.
Outras páginas se seguiram. E uma delas foi uma exposição numa das salas de aula, de recortes de jornais penafidelenses que documentavam em textos e fotos todos os anteriores encontros desta geração de 40.
O Dr. Guy Falcão (primeiro presidente da Câmara Municipal de Penafiel, após o 25 de Abril) teve oportunidade de escrever no quadro um pequeno texto que dizia: “ Há exactamente 64 anos, em Outubro de 42, entraram nesta escola 43 alunos para a 1.ª classe. Hoje, 7 de Outubro de 2006, vieram aqui recordar esse momento importante da sua vida, 25 desses “Meninos de 42”.
Seguiu-se uma romagem ao Cemitério da Saudade onde foi depositada uma coroa de flores em homenagem aos colegas já falecidos, onde foi respeitado um minuto de silêncio.
Este livro de 2006, teve a página mais bem escrita em Entre-os Rios, junto à bela ponte Duarte Pacheco, com um confortável almoço que serviu para apaladar as conversas que se iam pondo em dia.
Não faltou a intervenção de Manuel Barroca que entre duas lágrimas de emoção e um copo de alegria, conseguiu solidificar este encontro com o cimento da amizade e a areia da confraternização.
Durante este repasto, foi sorteado uma recordação de outros tempos: um peão, em que o sortudo foi “Zeca Matos.
Foi também distribuído por todos os presentes algumas recordações da nossa terra, entre as quais uma serigrafia que mostrava o antigo Cine Teatro S. Martinho de autoria do nosso amigo e conterrâneo F. Beçamor.
Mas a páginas tantas, o XV encontro dos “Meninos de 42” viu-se chegado ao fim. O Prof. Álvaro fechou o livro, fazendo votos para que outras páginas se escrevam, que outros encontros se vislumbrem nos tempos futuros, mesmo que os setentões dêem lugar aos oitentões, noventões e por aí fora, porque há sempre um livro para se escrever.

Fernando Beça Moreira

10 outubro, 2006

JORNAL 3 DE MARÇO - Informação

O JORNAL 3 DE MARÇO
TERMINOU AS SUAS PUBLICAÇÕES

Não será uma surpresa total. Quem está dentro dos meandros da imprensa regional/local, sabe das dificuldades existentes para um periódico se manter vivo. Muito mais quando se trata de um projecto pessoal.

Um projecto com estas características, vê redobradas as dificuldades em manter uma periodicidade jornalística, semanal, quinzenal e até mensal, tendo em conta um conjunto de factores que não é dos mais favoráveis.

Este jornal viveu sempre com grandes dificuldades. Fez muitos sacrifícios para adiar este virar de página. Mas para quem paga na hora certa, como era o seu caso, e recebe (às vezes nem isso) quando calha e apetece de alguns, o resultado só pode ser um grande ponto de interrogação, um avolumar de contrariedades e uma janela a fechar-se lentamente lá no fundo da rua.

Mas não é só um problema financeiro, que está na origem deste virar de página. Há vários items importantes a ter em conta que estão ali mesmo na soleira da porta.

Ao longo destes poucos anos, o Jornal 3 de Março pode agitar uma bela bandeira: manteve sempre uma linha editorial honesta. (Des)agradar a tudo e a todos foi sempre o ponto de honra da sua direcção. Mas sempre com Penafiel e os penafidelenses como emblema na lapela de um casaco com 38 freguesias.

Foi sempre em prol do desenvolvimento desta terra, que com granito a mais e calçada à portuguesa a menos (?), com o dia 3 de Março a ser ou não o feriado municipal, que este jornal gostou de “bater”, de dizer mal e bem, de questionar este ou aquele executivo camarário, este ou aquele partido da oposição, este ou aquele agente político.

Foi sempre em prol da qualidade de vida de quem cá mora, que este jornal procurou (in)formar, colidindo muitas vezes com o politicamente correcto, procurando ir ao encontro de uma eventual prestação de serviço público aos penafidelenses. Ou não fosse Penafiel “a terra mais linda do mundo” como dizia e bem, Justino do Fundo.

Sem ter morrido, o “Jornal 3 de Março” retira-se do meio jornalístico penafidelense com um sorriso nos lábios, quase com quem diz: “Valeu a pena”.

Sim, porque o “Jornal 3 de Março” não morreu. Apenas desaparece em suporte de papel. Este jornal vai manter algum do seu conteúdo, para já através de um bloguer com opiniões, notícias e curiosidades em redor da nossa terra. Posteriormente poderá chegar aos penafidelenses em suporte digital.


A todos os que apoiaram este jornal, um profundo agradecimento.

09 outubro, 2006

JORNAL 3 DE MARÇO - Opinião

UMA HISTÓRIA DE CAÇA
Leiam que vale a pena

Foi no dia 1 de Outubro que houve mais uma abertura de caça. Eu, caçador de quatro ou cinco costados, lá fui dar ao gatilho. Sim, porque eu gosto muito de fazer pum... pum... pum por da cá aquela palha. Só me chateia ter de esperar pelas épocas de caça para pôr a minha escrita em dia e ver como está a pontaria. Sim porque isto de atirar, tem dias.

Pronto, logo no primeiro de Outubro lá fui eu todo artilhado, no encalço de animais que estivessem mais distraídos. Ainda o sol não tinha dado à estampa e eu já estava de arma apontada para uns arbustos que tremiam como varas verdes. Pum e pum, foram logo duas peças de caça que eu mandei abaixo. Esta caça, que é da grossa, que é da boa, foi logo depositada na minha ampla carrinha. Estive para trazer comigo uma camioneta de carga, mas também não exageremos.

Andei, não foram muitos metros e já via em duplicado outra vez. E de novo dois animais, estes dormiam encostados, descansados e sossegados. “Meu caros amigos, dormir só na Assembleia da República”, por isso mais dois tiros soaram naquele imenso espaço que parecia ter sido feito só para mim, caçador inteligente à caça de caça que enchesse o olho.

Atravessei um rio de poucas profundezas e, ao chegar à outra margem logo tive mais um pretexto para carregar no gatilhame. Paciência, não foi logo à primeira, mas este bicho teve que levar segunda dose, para esticar o pernil.
E a tarde continuou, não sem eu ter dado mais meia dúzia de tiros e ter com isso abatido mais algumas peças de caça, pouco me importando com os ecossistemas, com os animais que em vias de extinção, ou com as zonas mais ou menos protegidas.

Regressei a casa com a carrinha derreada com o peso de tanta caça. E aquilo que eu mais queria era examinar aquelas espécimes, era fazer um balanço à produção daquela jornada.

Mandei um olhar no geral e cheguei à conclusão que valeu a pena ter descido e subido montes e vales, atravessado rio e ribeiros. Estava ali a fina flor da caçaria. Então vejamos:

A primeira peça de caça que identifiquei foi um professor. Revistei-lhe os bolsos todos e dei com um folheto em que dizia em letras gordas: “como chegar ao escalão 10, com uma perna às costas para ter um vencimento de 500 contos.

À segunda peça saiu-me um juiz, que trazia consigo um estrato da sua conta bancária, que incluía o subsídio de residência (independentemente de ter casa própria ou não) no valor de 150 contos mensais.

Seguiu-se depois um presidente de câmara. Era um autarca que trazia na sua pasta um contrato programa para assinar, em que previa a atribuição de uma avultada verba para o futebol clube da sua terra.

Também cacei um assessor. Este pelos documentos que possuía, assessorava uma cadeira, uma secretária, um computador em troca de 300 contos e longas horas sem fazer nenhum.

Depois dei com os olhos numa outra peça de caça bastante vistosa. Tinha uma lindíssima gravata no pescoço, e nas mãos um itinerário pormenorizado de um passeio a Fátima, só para idosos carenciados.

Mas havia mais. Havia um director de um jornal diário, que trazia debaixo do braço um estudo sobre as mil e uma maneiras de ver Bush como o salvador do Mundo; um deputado da Assembleia da República que trazia ainda consigo os bilhetes carimbados com ida e volta de avião, em serviço do país, para ver a selecção portuguesa de futebol na Alemanha; e até um administrador de uma empresa pública, que tinha como companhia um volumoso manual técnico-científico, que fornecia pistas de gestão para melhor gerir o seu vencimento, o carro do estado, o seu motorista e os seu longos almoços e jantares de inauguração, de homenagem, de confraternização, de aniversário ou de angariação de fundos para a paróquia mais próxima.

Ou seja: no primeiro de Outubro fui à caça e valeu a pena, porque a caçada foi bela e não pequena .

Um coelho devidamente identificado

JORNAL 3 DE MARÇO - Notícias

PENAFIEL À MESA 2006
Rota Gastronómica “Penafiel à Mesa” de 1 a 22 de Outubro

Pelo quarto ano consecutivo a Câmara Municipal de Penafiel vai levar a efeito a Rota “Penafiel à Mesa” que tem por objectivo a divulgação da gastronomia do concelho, especialmente dos pratos típicos da região. A iniciativa, integra vários restaurantes do concelho que durante esse período terão em cima da mesa uma ementa da sua especialidade, sempre com produtos do Vale do Sousa. A ementa está definida e pode incluir cabrito e anho assado, rojões de S. Martinho, bacalhau com broa, bazulaque, sopa seca, tortas de S. Martinho, bolinhos de amor, mel e compotas, pão-de-ló e, claro, tudo regado com vinho verde.



ACTIVIDADES FÍSICAS E DESPORTIVAS NAS ESCOLAS
Penafiel já deu início ao programa

No âmbito do projecto “Actividades Físicas e Desportivas nas Escolas”, o pelouro do Desporto da CMP, recebeu recentemente no Salão Nobre da autarquia, os professores colocados nas escolas do concelho, responsáveis por esta actividade extracurricular.
Neste programa estão integrados 2150 alunos dos 3.º e 4.º anos.
No final do ano lectivo, será realizado um encontro municipal que reunirá os 4200 alunos das escolas do concelho que participarão em várias actividades, como o atletismo, a natação, o andebol e o futebol, entre outros.



SERVIÇOS CULTURAIS E EDUCATIVOS
EM ARQUIVOS E BIBLIOTECAS

O arquivo Municipal de Penafiel, a Associação de Amigos do Arquivo e o pelouro da cultura da CMP, levaram a efeito nos dias 27,28, e 29 de Setembro, umas jornadas de Estudo subordinadas ao tema “Serviços Culturais e Educativos em Arquivos e Bibliotecas”, no auditório Municipal, junto ao Pavilhão de Feiras e Exposições.
Estas jornadas tiveram como objectivo promover o debate sobre a cultura e actividades existentes nesta área, permitindo a troca de experiências entre vários agentes culturais e definir quais os obstáculos a transpor e quais as metas a atingir.
Neste evento estiveram representadas instituições de todo o país, inclusive ilhas.



EMPRESA MUNICIPAL PENAFIEL VERDE
INAUGUROU INSTALAÇÕES

A empresa Municipal “Penafiel Verde”, em funcionamento desde 1 de Agosto último, criada para gerir e explorar os sistemas municipais de abastecimento de água e de drenagem e tratamento de águas residuais no município de Penafiel, inaugurou oficialmente as suas instalações, no passado dia 2 de Outubro.
A funcionar num espaço contíguo ao edifício das Obras e Urbanismo, na rua Abílio Miranda, as instalações foram remodeladas, tendo sido construídos espaços que vão permitir que os serviços possam funcionar em pleno e com sucesso.



BASÍLIO HORTA EM PENAFIEL
ABORDOU A IMPORTÂNCIA
DA PROMOÇÃO DO INVESTIMENTO NO NORTE

No âmbito da iniciativa “Novo Ciclo, Nova Economia”, teve lugar no passado dia 2 de Outubro à noite, no Salão Nobre da CMP, uma conferência subordinada ao tema “Promoção e Importância do investimento no Norte de Portugal”. O orador foi Basílio Horta, ex-presidente do CDS, ex-candidato à presidência da república e actual presidente da API (Agência Portuguesa para o Investimento).

gabimp.cm/fbm

05 outubro, 2006

JORNAL 3 DE MARÇO - Opinião

APELO AOS UTENTES DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

O Movimento de Utentes dos Serviços de Saúde (MUSS), apela aos utentes para que no próximo dia 12 do mês em curso se mobilizem e se juntem a todos quantos se julgam prejudicados, nos seus direitos e interesses, pelas políticas postas em prática pelo governo do Primeiro Ministro José Sócrates, dito socialista.
O ataque aos serviços públicos, imprescindíveis para uma boa qualidade de vida dos portugueses, tem sido a pedra de toque deste executivo governamental que, embora diga o contrário, reduz toda a sua estratégia a uma visão economicista ou mercantilista desses mesmos serviços.
E o Ministério da Saúde, pelo caminho seguido e pela velocidade imprimida às suas acções, avança na frente desse pelotão.
As últimas medidas anunciadas, quer em relação ao pagamento dos actos médicos nessas mesmas instituições, a par do aumento das taxas moderadoras, do preço dos medicamentos e do encerramento de serviços e unidades de saúde com provas dadas de boa prestação, são umas prova clara daquilo que afirmamos.
A esmagadora maioria da população portuguesa, tão vulnerável e carenciada, já não suporta mais estes desvarios neo-liberais que contrariam o texto da nossa constituição e as recomendações da OMS (Organização Mundial de Saúde), colocando até o nosso país numa posição crítica em relação aos parceiros europeus.
Não nos devemos esquecer que o nosso Serviço Nacional de Saúde (SNS), após ser criado, constituiu um factor decisivo para uma evolução notável dos indicadores de saúde e de qualidade de vida da nossa população, merecendo da OMS a classificação honrosa de 12.º na prestação de cuidados médicos. Como vai longe esse tempo. Tanto o actual governo como os anteriores, ao aplicarem ou pretendendo aplicar as políticas conhecidas de esvaziamento do SNS, entregando aos privados os seus liquidatários. Temos agora uma boa oportunidade para mostrar o nosso descontentamento e não devemos portanto desperdiçá-las.

Manuel Vilas Boas
MUSS - Movimento de Utentes dos Serviços de Saúde




CARTA ABERTA AO SR. MINISTRO DA SAÚDE


O Movimento de Utentes dos Serviços de Saúde (MUSS), considerando que o direito à saúde é um direito civilizacional que se concretiza através da promoção da mesma e da equidade dos seus acessos à população, que é um direito e um dever reconhecido internacionalmente participar individual e colectivamente no planeamento e na execução dos cuidados de saúde, que a Constituição da República Portuguesa consagra no próprio texto o carácter geral, universal, de qualidade e tendencionalmente gratuito do SNS-Serviço Nacional de Saúde vigente no nosso país, que este movimento tem como linha de intervenção, entre outras, a de tomar posição de denúncia e de combate às políticas de saúde, pelos grupos económicos e organizações internacionais, políticas essas que possam prejudicar os direitos e interesses dos utentes, vem junto do Sr. Ministro da Saúde solicitar a sua melhor atenção para algumas medidas ultimamente postas em prática como fazendo parte do programa do Ministério, e que se têm caracterizado essencialmente pelo encerramento de maternidades, centros de saúde, serviços de atendimento permanente, pela criação de taxas moderadoras, agora aumentadas e alargadas a análises clínicas, consultas de especialidade e exames complementares de diagnóstico, pelo aumento do preço dos medicamentos e a diminuição da comparticipação em muitos deles, inclusive dos destinados aos utentes que sofrem de doença crónica, pela intenção anunciada do pagamento pelos utentes dos actos médicos nos hospitais, tais como as cirurgias do ambulatório e os internamentos, como se fossem os utentes a decidir por sua recriação estes actos, enfim, todo um programa de acção que, na prática, prejudica os utentes nomeadamente os de menos recursos que são a grande maioria, os desempregados, os reformados e os pensionistas.
E, diz-nos o “marketing” político, que as populações vão usufruir de melhores cuidados de saúde, pois tudo isto acontece mercê de estudos encomendados pelo Ministério da Saúde e elaborados por comissões de “sábios” cujas conclusões, dizemos nós, certamente, estarão em consonância com as encomendas. E será que uma destas dirá directamente respeito ao objectivo de encerrar os hospitais psiquiátricos, negociando a passagem dos doentes para as Misericórdias?
As medidas até agora postas em prática, configurando uma autêntica “implosão” do SNS, seguramente não vão no sentido de melhorar a vida dos portugueses, especialmente os de menores possibilidades e os mais vulneráveis.
Cabe-nos também a nós, MUSS, avaliar as respostas dos serviços de saúde às necessidades sentidas pelos utentes.
Pensamos que o sistema está numa encruzilhada da qual é imprescindível sair com urgência, sobe pena de vermos hipotecado o futuro das novas gerações e o presente da nossa
Alertamos o Sr. Ministro da Saúde.

Manuel Vilas Boas
MUSS – Movimento de Utentes dos Serviços de Saúde.




SÓCRATES DIZ NÃO À CICUTA

O Presidente venezuelano Hugo Chávez, ao subir à tribuna das Nações Unidas para discursar, um dia depois de, no mesmo local, o ter feito George W. Bush, afirmou ao pisar o tablado: “este lugar ainda cheira a enxofre! O diabo esteve aqui ontem, passou por aqui não tenho dúvida!”
É claro que estas palavras tiveram eco por toda a parte e também cá chegaram, como é natural. Não é todos os dias que alguém se atreve, ou tem a coragem de apelidar o “senhor do mundo”, de malfazejo, demónio, génio do mal, satanás, etc., etc., etc..
Volvidos alguns dias, eis que surgem na Venezuela, cartazes de propaganda política eleitoral mostrando o Eng.º Sócrates ao lado do “dito cujo Chávez”, (o tal que manda as tais “bocas foleiras” ao chefe da Casa Branca e do World).
Claro que o nosso “engenheirito”, não querendo ver-se envolvido nem conotado com esse “malcriadão” do Hugo e suas políticas, e temendo, quem sabe, que o patrão Bush lhe passasse alguma reprimenda, sai correndo aflito e apavorado, gritando: “TIREM-ME DAÍÍÍ!...”
Moral da história: Acredito que a imagem do nosso “portuguesito 1.º ministrinho”, foi usada abusivamente lá por terras venezuelanas. Acredito que a sua imediata reacção se deveu em parte, ao facto de ainda estarem muito frescos os “insultos” a Bush, e não fosse este pensar que ele, Sócrates, estivesse de acordo com esse tal “malcriadão” do Huguinho!...
Mas acima de tudo acredito que, se a imagem do “engenheirito” aparecesse em Londres ou Washington ao lado dos respectivos presidentes, mesmo sem ser autorizada, a sua atitude teria sido outra, não tenho qualquer tipo de dúvida!
Aí acredito que a sua imediata reacção teria sido de orgulho, e até quiçá de gratidão!...

Sérgio Marques
Porto

03 outubro, 2006

JORNAL 3 DE MARÇO - Notícias

Participantes recebidos na Câmara de Penafiel

POLÍCIA LOCAL DE SORIA PERCORREU A PÉ A ROTA DO DOURO

Penafiel recebeu, a Polícia local de Soria, Espanha. Trata-se de elementos da Associação Desportiva Cultural da Polícia Local de Soria que percorreram a pé a Rota do Douro, desde a sua nascente, em Durielo de la Sierra, nos Picos de Urbión, até à foz, no Porto, num total de 912 quilómetros.
Durante 26 dias, os cinco polícias, fizeram uma média diária de 35 quilómetros de caminhada.
Esta iniciativa, apoiada pela Associação Ibérica de Municípios Ribeirinhos do Douro, teve em vista, segundo Andrés Cámara, da organização, a divulgação da riqueza paisagística, cultural e gastronómica das povoações, portuguesas e espanholas, que integram a rota.
Os participantes e autarcas de Soria que acompanhavam os “peregrinos del Duero”, na véspera da chegada à foz do Douro foram recebidos no Salão Nobre da Câmara Municipal de Penafiel, pelo presidente da autarquia que lidera também a Associação Ibérica de Municípios Ribeirinhos do Douro.
Alberto Santos referiu a importância da iniciativa realizada por este grupo de polícias que de forma original marcou um percurso que será essencial para o futuro, a ligação entre dois países nas zonas unidas pelo Douro.
Já no dia seguinte, na Foz, os polícias devolveram aos rio Douro, as águas que trouxeram da nascente dos Picos de Urbión.





gabim.cm/fbm

01 outubro, 2006

O QUE SE VAI DIZENDO

Lei das Finanças Locais

“O poder local em Portugal transformou-se numa rede de interesses partidários e económicos, de amigos de vária espécie, de negócios e de recrutamento político.
Esta rede recorre frequentemente a acções ilícitas e irregulares. O enriquecimento sem justa causa, o emprego de amigos e familiares, a acumulação indevida de cargos e vencimentos e o licenciamento por favor, são moeda corrente neste tão bem organizado poder autárquico”

“Ao ameaçarem cortar os financiamentos das despesas locais de educação, saúde e segurança, os municípios portugueses estão a revelar o que entendem por poder local. Não consideram que os serviços à comunidade nas áreas da educação, da saúde e da segurança sejam as suas mais estritas obrigações.
(...) É a mais completa subversão das nobres ideias de poder comunitário e de representação das populações locais. Este inqualificável gesto de chantagem é de tal modo grave que, a ser efectivo e a tornar-se realidade, merecia, pelo menos, uma cassação de mandato, uma comissão administrativa e a obrigação de realização de novas eleições (o que diga-se de passagem, com as nossas leis laxistas, deve ser impossível...).
De acordo com os costumes, como se vê nos chamados casos do futebol e de financiamentos ilegais, o mais provável é que tais autarcas fossem triunfalmente reconduzidos”.

António Barreto
“In-Público - 01/10/06

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