A ESCRAVA DE CÓRDOVA - Conclusão
Notas finais
A primeira nota é para dizer que não entendi a colocação dos dois primeiros capítulos, no princípio da obra, quando eles pertencem ao meio do romance.
A segunda tem a ver com o que disse Alberto Santos por ocasião do lançamento do seu LIVRO no Palácio da Bolsa, a propósito do diálogo inter-religioso: “Ainda há duas semanas um especialista espanhol em terrorismo afirmou no Porto que a Península Ibérica é um alvo preferencial dos extremistas islâmicos. Eles juram que um dia recuperarão o que outrora foi o Al-Andaluz”.
Esta história não me convence muito. Eu penso que se os extremistas islâmicos vierem por aí, é para retaliar. É para exercerem um direito que pensam ter, que é o “direito de resposta”. Se vierem por aí é para ajustar contas com o Zé Maria e com o Zé Manel, isto é, com o Sr. Aznar e com o Sr. Durão Barroso. Em relação a Aznar, a Espanha ainda chora a vingança terrorista de La Tocha. São na minha opinião, dois reles malfeitores, que se o Tribunal Penal Internacional, não andasse só à procura de ditadores e criminosos sérvios, já os tinha posto à sombra, a ver o sol aos quadradinhos, juntamente com os seus dois capangas: Bush e Blair.
Se Portugal viesse, ou vier, a ter problemas de terrorismo, a culpa tem de ser endossada ao “homem da tanga” que hoje palita os dentes a preparar-se para um segundo mandato na Europa, e ao presidente da república da altura, cujo trabalho mais importante dos seus mandatos, foi ter legalizado as touradas de morte na “espanhola” terra de Barrancos. Jorge Sampaio nada fez para impedir a célebre cimeira de guerra nos Açores.
Se de facto o árabe Bin Laden e seus acólitos querem recuperar o seu Al Andaluz, quem me garante que o italiano Sílvio Berlusconi, não queira regressar aos tempos do Império Romano. Nunca se sabe. Pode estar saturado de ver o seu país em formato de uma bota e querer alargar os seus domínios a uma sapataria.
A terceira nota é para falar de novo (desculpem lá a seca) na Idade Média vista como “uma longa noite de dez séculos”, tendo em conta o que dela disse o jornal “Penafidelense”, aquando da apresentação de “A Escrava de Córdova” em Paço de Sousa.
Diz assim o centenário jornal: “… historiadores como Manuel Gonçalves Cerejeira e muitos outros de grande relevo, defendem posição antagónica., quanto a nós (jornal) a mais coerente com a realidade, considerando esta época de luminosidade e espiritualidade”.
Ora, ora, quem havia de ser. O cardeal Cerejeira. Um santo homem. Um santo padre. Uma santa referência deste país. O homem que juntamente com o seu amigo de Santa Comba, tudo fizeram para salazar Portugal. E que bem que eles salazaram este país. E que por via disso, o nosso país não saiu da cepa torta, dessa mesma Idade Média, que tanto amaram.
Luminosidade e espiritualidade, duas palavras que rimam com “liverdade” (livre e verdade). Duas palavras que bem aproveitadas, podiam ser o ponto de partida para a construção de um país que não este.
Este, que é o nosso, que para mal dos nossos pecados, também teve os seus almançores. Muitos almançores.
Termino dizendo que a banda sonora deste texto, foi um vinil “Cantares ao sol” de Janita Salomé, com músicas do norte de África.
E pronto.
Muito obrigado aos que tiveram a paciência de ler estas tretas.
Muito obrigado a Alberto Santos por ter escrito tão belas letras. E por me ter proporcionado o prazer de ler um LIVRO chamado “A Escrava de Córdova”
A todos…
Assalamu alaykum