28 janeiro, 2008

NOMES QUE A MORTE NÃO APAGOU - Wolfang Amadeus Mozart - 27/01/1756


A Câmara Municipal de Penafiel e a Orquestra do Norte fizeram-lhe a devida homenagem há dois anos aquando da passagem dos 250 anos do nascimento de Wolfgang Amadeus Mozart. Aconteceu na Igreja da Misericórdia. Foi-nos dado ver e ouvir belas melodias das quais são de destacar as peças (se não estou enganado): Marcia. Maestoso, Menuetto Rondeau. Allegretto, da Serenata Nocturna, entre muitas outras de se lhe tirar os chapéu.
Mas é evidente que quando o nome de Mozart nos aparece logo o associamos a algumas obras primas, como por exemplo, as óperas: “A Flauta Mágica”, “As Bodas de Fígaro” ou “Dom João”.

Mozart nasceu a 27 de Janeiro de 1756, em Salzburgo, na Áustria, fez ontem 256 anos, precisamente.
Os seus invulgares dotes musicais revelaram-se muito cedo. Aos quatro anos, o teclado não tinha segredos para ele, aos cinco já compunha e aos seis acompanhado pelo pai e irmã (pianista) já fazia uma digressão pela Europa para que o mundo pudesse apreciar tão precoce talento.
Em 1772, com apenas 16 anos, já tinha escrito 25 sinfonias e os seus primeiros quartetos.
No período 1775/6, Mozart após uma visita a Viena, escreve duas óperas: “La Finta Giardiniera” e “Il Re Pastore”, tendo sofrido grandes influências de Bach, Haydn, Handel.
Contudo, os músicos italianos da corte, incluindo o compositor António Salieri, fizeram-lhe a vida difícil.
Em 1779, Mozart aceitou o posto de organista da corte, ao mesmo tempo que continuava a compor. Recebeu encomendas de Munique e, 1781, partiu para Viena, para as cerimónias de coroação do Imperador José II. Foi nesta cidade que conheceu Constanze, com quem casou no ano seguinte. Foi um casamento feliz, mas marcado pela instabilidade financeira. Mozart viu-se obrigado a dar aulas. Nesta altura da sua vida atingiu o auge. Até 1790 compôs várias obras primas.
Mozart conheceu depois anos difíceis e marcados por grande penúria financeira e problemas de saúde.
Criticado pelos compositores italianos, arruinado, doente, acabou por morrer com apenas 35 anos, a 5 de Dezembro de 1791.

Ano em que era presidente da Câmara Municipal de Penafiel, o Dr. José Joaquim de Moura Machado Gravilha da Silva. Eram criadas as primeiras escolas femininas em Lisboa. E era desenhado o Teatro S. Carlos em Lisboa, construído no ano seguinte.

OS PROFESSORES

Os professores andam que parecem cucos. Andam todos inchados. Parecem pavões. Uma recente sondagem encomendada não sei por quê, nem por quem, colocou os professores à frente de umas quantas actividades profissionais.
Só que não têm razões para se sentirem felizes e contentes, na medida em que ficaram à frente num campeonato de quinta categoria, onde faziam parte políticos, advogados, forças de segurança, etc., etc..

23 janeiro, 2008

A "VINGANÇA" FOI BESTIAL


Este texto saiu com dois dias de atraso. Espero que não tenha perdido a validade.

Os “milhares” de jornais locais e regionais, deram a notícia, fizeram a reportagem. Os “milhares” de jornais acotovelaram-se para contabilizar as pessoas que foram “dar ao dente”, que foram aplaudir Alberto Santos, no passado dia 12 de Janeiro à noite.
E não é que no fim de semana seguinte, os “milhares” de jornais escreveram diferente nessa matéria? Uns contaram 2500 comensais, outros disseram que foram aproximadamente três mil. Houve mesmo quem alvitrasse, que no Pavilhão das Feiras estariam 3400 pessoas, ficando de fora mais umas trezentas.
Não vamos ficar aqui a discutir números, porque quando tal parecemos o governo e os milhentos sindicatos dos professores a digladiarem-se sobre a percentagem de aderentes à última greve geral da função pública. Assim não saímos de um assunto que não tem importância nenhuma. Tanto se me dá que tenham estado centenas, milhares ou milhões.
O que se me dá é o seguinte e eu pergunto: O que é que na verdade se comemorou na noite de 12 de Janeiro? Se o que se comemorou, foi o sexto ano da tomada de posse de Alberto Santos como presidente da Câmara Municipal de Penafiel, eu pergunto: porque razão a cor do cenário da festa, foi a da coligação de direita PSD/PP, isto é, laranja, quando o executivo é composto também por três vereadores do PS? Porque é que a festa foi só do PSD e PP? A Câmara Municipal de Penafiel só tem uma cor? Quer dizer, nem a presença do Sr. Vitorino Oliveira, presidente da Junta de Freguesia de Guilhufe do PS, foi substantiva.
Agora se o Toy foi convidado para participar na comemoração das vitórias de Alberto Santos à frente daquela dupla partidária, tudo bem. Mas não foi isso que passou para o exterior.
Eu não fui ao jantar. Não comi. Não bebi o vinho com o nome da figura central da festa. Não vi o Toy. Não aplaudi o Toy. Não trauteei com o Toy.

Mas a “vingança” foi bestial. Passados que foram uns dias, fui convidado para tirar uma fotos no Bar do Lago a algo que há algum tempo eu não via. Não estiveram os “milhares” de jornais a acotovelarem-se na contabilização dos presentes a tomar café. Houve café apenas. Não houve nem jantar, nem vinho com o nome de uma figura central. Nem houve o Toy.
Mas houve José Ramalho a tocar e cantar Zeca Afonso. Houve poesia do Ary dos Santos, de Brecht, de Rómulo de Carvalho, Manuel Alegre, Paulo Seco, etc. etc.. Houve Afonso Leal a “enquadrar” as suas composições à volta da pobreza. Houve outra gente que, não conheçendo, me espantou com as suas palavras, com os seus acordes. Houve mais gente com poemas na mão, no gesto e na voz. Não houve Toy. Não houve festa, não houve “pimba”, mas houve cultura, da melhor... em Penafiel.

NOMES QUE A MORTE NÃO APAGOU - Edouard Manet - 23/01/1832


Edouard Manet faz parte de um grupo de pintores impressionistas, ao lado de Renoir, Monet, Sisley e Cézanne, entre outros, que preenchem de todo o meu imaginário dedicado às artes. Fiquei sempre do lado deste tipo de pintura, na medida que ela sendo figurativa, trazia sempre muito de invenção e criatividade projectadas por uma paleta de cores, quase diria, conflituosas.

Nascido em Paris, em 23/01/1832, Edouard Manet obteve a sua formação, principalmente, através das numerosas cópias que executou em museus e nas viagens de estudo que efectuou à Holanda, Alemanha, Áustria e Itália.
Aos dez anos ingressa no Colégio Rollin, onde encontra Antonin Prost.
Em 1848, foge da Pintura e do Direito (o sonho de seu pai), para ingressar na Marinha, mas reprova nesta sua candidatura. Regressa à pintura e pinta o seu primeiro quadro em 1858, para três anos mais tarde, ganhar uma menção honrosa numa exposição com um trabalho intitulado “O Tocador de Guitarra Espanhol”.
Em 1863, Manet pinta aquela que será a sua grande obra, Le Déjeneur sur l`Herbe, que retrata uma modelo nua na presença de dois homens. Este quadro provocou e ofendeu os críticos da época, que a acusavam de pornografia e imoral. O Salon, uma das mais influentes galerias de Paris, naquela época, recusou-se exibir a obra.
Muitos dos jovens impressionistas daquela época seguiram a liderança de Manet e abandonaram os tradicionais estilos artísticos até então adoptados.
Esta tendência serviu, em alguns casos, como inspiração para a arte moderna.
Manet fez escola e em seu torno reúnem-se outros jovens pintores: Pissarro, Renoir, Sisley, Cézanne.
Em 1881, é-lhe atribuída a Legião de Honra, mas o pintor está gravemente doente. Vítima de gangrena numa perna que lhe foi amputada, Manet morre a 30 de Abril de 1883.

Ano em que a Câmara Municipal de Penafiel teve dois presidentes: António Justino da Silva e Manuel Pedro Guedes. Ano em que nasceu o poeta penafidelense José Júlio (01/09) e morreram o intelectual também penafidelense Simão Rodrigues Ferreira (19/08) e o pensador António Sérgio (03/09).

18 janeiro, 2008

Nomes que a morte não apagou - PAUL CÉZANNE 19/01/1839


Faz amanhã 169 anos que Paul Cézanne nasceu. Foi a 19 de Janeiro de 1839, em Aix-en-Provence, no sul de França, que nasceu o “pai” da arte moderna.
A lista das suas obras mostra a sua transição dos tons escuros iniciais, passando pela luz intensa e pelos temas ao ar livre dos impressionistas, até à aposta nas formas volumétricas e nos tratamentos experimentais da cor.

Na escola ganha prémios pela qualidade dos seus desenhos, mas ainda não sabe que vai ser artista. Em 1861 consegue ir estudar em Paris e é aí que conhece o escritor Émile Zola e os pintores impressionistas Camille Pisssarro, Auguste Renoir e Claude Monet. Em longas tardes no Louvre copia obras de Delacroix.
A partir de 1872, os temas escolhidos ao ar livre são depois os seus preferidos. Explora as técnicas de pinceladas rápidas para criar efeitos de luz e sombra nos campos, casas rurais, caminhos é árvores.
Entre 1875 e 1894 vive em Aix-en-Provence. A evolução da sua arte a partir dos últimos anos da década de 1880, revela toda a sua energia que consegue arrancar de uma vida solitária.
Para além do reconhecimento de alguns poucos, coleccionadores e de outros artistas, como também os pós impressionistas Van Gogh e Paul Gauguin, os trabalhos de Cézanne passam despercebidos até 1895. Só depois de conhecer um comerciante de arte, que vê na sua obra um forte potencial para lhe render bons lucros, é que a sua obra começa a ser valorizada sendo vendida a preços elevadíssimos para a época.
Nos últimos anos, quando pinta a sua obra mais famosa, “As Grandes Banhistas”, Cézanne já é uma personagem lendária. Recebe jovens estudantes de arte que vão observá-lo em pleno trabalho e colher dele conselhos sábios.
Depois de ter enviado diversas obras para exposições individuais em Paris, Berlim e Londres, participa no Salão de Outono de 1906. Pouco depois, está a pintar ao ar livre, quando é surpreendido por uma tempestade, que o deixa encharcado até aos ossos.
Paul Cézanne morre de pneumonia no dia 22 de Outubro de 1906.

Ano em que é tornado público a lei do descanso semanal ao Domingo. Ano em que nasceram: Humberto Delgado, o “general sem medo”, assassinado pela Pide, e o penafidelense António Ferreira Gomes, que foi bispo do Port. Ano em que morreu Henrik Ibsen, o mais importante vulto do teatro moderno.

Nomes que a morte não apagou - JANIS JOPLIN 19/01/1943


Só tenho um disco de Janis Joplin. Tenho aquele vinil que inclui a sua obra prima “Cry Baby”. Lindo, imperdível, de ouvir e ouvir repetidamente. Eram os tempos da guerra do Vietname, da “nossa” guerra colonial, do Eddy Merckx, da “Angie” dos Rolling Stones e de tantas outras loucuras dos melhores anos de sempre: os de sessenta.
Janis Joplin era a menina que quando confrontada com a polícia numa qualquer manifestação anti-guerra, lhes oferecia flores. É a imagem que eu guardo desta grande mulher, cujo nome, a morte não apagou.

Janis Joplin, sobre as feministas radicais exclamou um dia: “Meu Deus! Parece que não têm bons momentos há meses. Divirtam-se por amor de Deus! Eu também não tenho um lar, nem um homem. Mas pelo menos, divirto-me. E isso, acho é que é importante”.
Janis Lynn Joplin, nasceu a 19 de Janeiro de 1943, numa pequena cidade petrolífera na Costa do Golfo, no Texas.
Em 1960 termina os estudos secundários, onde nunca se adaptou. As outras raparigas gozavam com o seu ar de patinho feio.
Em 1962 vai para Austin, estuda na Universidade do Texas. É alegadamente a primeira a ousar aparecer sem soutien. Viagens ao Luisiana dão-lhe a conhecer os blues e o Jazz.
A juntar a um cabelo indomável, longe do conveniente aspecto de futura dona de casa que a América deseja nos anos cinquenta, e a um nariz pouco elegante, aprende a enfrentar à sua maneira a sua verdade: embeleza-se com enfeites que serão habituais entre os “hippies”, recusa maquilhagens e adopta aquele ar doce de quem suspira por amor.
Concertos extravagantes, vigiados de perto pela polícia, drogas e álcool à mistura incendeiam o público. Em Agosto de 1969 participa no mítico e enlameado festival de Woodstck.
A primeira grande cantora branca de blues e primeira estrela feminina do rock`n`roll partira de casa em busca do lugar a que pertencia. Não encontrou, e também nunca lhe foi suficiente a dedicação do público ou dos amigos. Sofreu sempre de solidão.
Foi encontrada morta no quarto do Landmark Hotel em Los Angeles, dezoito horas depois de ter injectado uma dose de heroína espantosamente pura, a 4 de Abril de 1970.

Ano em que foi criada a Acção Nacional Popular, em que morre António Oliveira Salazar e é fundada a clandestina Intersindical.

15 janeiro, 2008

SEIS ANOS À FRENTE DA GALERIA MUNICIPAL DE PENAFIEL


Fez na semana passada 6 anos, que o meu amigo Adalberto tomou posse como presidente da galeria municipal de Penafiel. E para comemorar, há que fazer festança, que ele é todo dado ao pagode.
Um mega jantar no sábado passado, dia 12, serviu de pretexto para expor as suas mais valias à frente da dita galeria de arte.
Julgo que devia ter estado muita gente. Pelas imagens da TV no domingo às 13 horas, estava com certeza. Aliás como de costume. Estava lá o Luís, a Marta, a Natércia, o Vasconcelos, a Paula, a Rita. Até o Vitorino marcou presença.

O que eu não sabia é que esta gente era tão danada para as artes. Toda virada para as coisas da cultura. Ainda há quem diga que Penafiel é uma terra de ignorantes. O tanas.

O tipo de pintura que normalmente esta galeria e o meu amigo Adalberto expõem, não sendo, na minha perspectiva muito atraente, parece que atrai meio mundo, até o Toy, que é mais dado à cantoria pimba. Eu nunca percebi como é que aquele tipo de arte arrasta multidões. Nunca entendi a presença de tantos e tantos apreciantes e admirantes.
Bom, acontece que eu não fui ao jantar. Podia ter ido, mas não fui. Outros interesses se levantaram no sábado à noite.

Logo no domingo de manhã, me perguntaram porque é que eu não estive presente. Ora, eu não estive presente porque, primeiro, seis não é um número redondo. Acho excessivo comemorar um sexto ano de actividade, mesmo sendo ela cultural. Depois, eu gosto muito de futebol. Essa é que é essa. Ia lá perder no sofá e na TV, dois jogos da Liga Bwin ponto com, de tamanha importância, como o Benfica-Leixões e o Porto- Braga?

Gosto muito de pintura. Sou mesmo frequentador assíduo de galerias de arte, mas gosto mais de estádios de futebol, quando não há TV e sofá. É lá que eu me sinto bem, ali no meio de tanta gente, muitas vezes a bater o dente. Gosto de fazer parte do coro a gritar bem alto o hino do futebol nacional: “vai-te embora ó palhaço”.

Sou de facto mais dado às coisas do futebol. Só penso em bola. Suspiro, inspiro, respiro e transpiro bola por todos os poros e pêlos. Como futebol a todas as refeições, incluindo ceias e merendas. Até durmo e sonho com ele. Tenho dezenas e dezenas de cadernetas de cromos de futebol.

Dantes, podia não haver dinheiro para mais nada, mas eu não passava sem o meu “Norte Desportivo”, que a Dona Alzirinha vendia a quinze tostões, pelos cafés da cidade ao domingo à noite. Agora que tenho um salário de professor, compro todos os dias os três jornais desportivos: a Bola, o Jogo e o Record.
É um consolo tanta informação. Mais houvesse, mais eu comprava, mais eu lia. Até porque o saber não ocupa lugar, já dizia a minha avó Leopoldina. O toledo é tanto que até já me chamam o BB, isto é o Beça da Bola.

Bom, mas cá para nós que ninguém nos lê, não foi só o futebol que me desviou da festa do sexto aniversário da tomada de posse, como presidente da galeria municipal, pelo meu amigo Adalberto. Eu como disse, não gosto muito da arte que a galeria expõe. Não vou à bola com aquela pintura. Tirando um ou outro quadro que me pode sensibilizar um pouco, como por exemplo: “Le Parc de la Ville”, ou “L`auditoire Municipal”, o resto é tudo muito virtual, tudo muito próximo de um surrealismo à boa maneira de Dali. E dali, eu não quero nada, não vejo nada. Não é arte que abane a minha barraca.

Nesta festa comemorativa dos seis anos, para delírio dos milhares de presentes, calculo que foi feita uma exposição retrospectiva da própria galeria de arte. Uma espécie de balanço artístico. Teria sido colocada à apreciação dos admirantes e apreciantes, toda uma panóplia de obras que já tinha sido expostas em mostras anteriores, em sugestivas “vernissages”, em coloridas inaugurações. Normalmente é isso que sucede. Quem está dentro da matéria sabe que é assim.

Acredito até que nesta festa de aniversário, tenha havido propostas de apresentação de próximos trabalhos a expor para os anos 2008/09. Estou-me a lembrar de “novos/velhos” quadros como: “Les quatre Pavilions” e “Le Musée Municipal” e os “novíssimos”: “Le Stade Center de Penafiel” e “La Bracalandie”.

Por isso vamos esperar pelos próximos aniversários, que serão de arromba. Vai ser tal a feira de arte, que nem o Moma, de Nova Iorque, o National Galery de Londres, o Musée d`Orsay de Paris ou o Museu de Serralves do Porto, lhes chegam aos calcanhares.
Vamos aguardar. Vamos esperar para ver.

Nomes que a morte não apagou - MARTIN LUTHER kING JR. 15/01/1920


Depois dele, nunca mais a expressão “i have a dream…” teria o mesmo significado. A fé no seu Deus e a crença de que uma atitude firme mas pacífica, tem mais impacto no coração dos homens do que o recurso às armas foram os seus maiores argumentos.

Martin Luther King Jr. nasceu no dia 15 de Janeiro de 1920 (faz hoje 88 anos), em Atlanta, nos EUA. Foi Prémio Nobel da Paz aos 35 anos e foi assassinado aos 38.

Pode dizer-se que Martin Luther King Jr. deu a vida pelos seus valores, assassinado em 1968 à saída de um motel em Memphis, Tennessee, onde estava a apoiar uma greve dos trabalhadores do lixo. Poucos duvidarão do poder dos seus discursos, nas suas paróquias, em manifestações que o levaram muitas vezes à prisão.

Ao receber o Prémio Nobel da Paz em 1964, Martin disse: “Recuso-me a aceitar a ideia cínica de que as nações têm de se envolver numa espiral militarista até ao inferno de uma destruição termonuclear. Acredito que a verdade desarmada e o amor incondicional terão a última palavra. É por isso que o bem provisoriamente vencido é mais forte que o mal triunfante.

Em 1934, o pai de Michael King, vai a uma reunião de pastores protestantes na Alemanha e volta com uma decisão: mudar o seu nome e do seu filho mais velho, para se aproximarem do líder da Reforma no século XVI, Martinho Lutero. Passaram assim a ser Martin Luther King Sr. e Jr..

Nos anos cinquenta, os negros são maltratados e humilhados a propósito de tudo e de nada. Muitos confrontos resultam em linchamentos, o Ku Klux Klan espalha o terror com os seus rituais mascarados e cruzes a arder durante a noite.

Nos anos sessenta, de regresso a Atalnta, King Jr. define o seu caminho: a luta contra o racismo. È numa marcha à capital, no fim de Agosto de 1963, que profere o mais célebre dos seus discursos: “Eu tenho um sonho… de que os meus filhos hão-de viver numa nação onde não possam ser julgados pela cor da sua pele, mas pelo conteúdo do seu carácter”.

Um tiro disparado por James Earl Ray atinge Martin Luther King Jr na cabeça e mata-o em poucos minutos. Aconteceu a 4 de Abril de 1968.

1968, ano em que a História de Portugal assinalava a queda de Salazar (03/08), na sequência da qual sofre um acidente vascular; a condenação em Novembro da política colonial portuguesa, pela Assembleia Geral das Nações Unidas e Marcelo Caetano assume o cargo de Presidente do Conselho (17/11).

14 janeiro, 2008

É DISTO QUE EU GOSTO.
MUITO MAIS QUE MUITAS COISAS!

10 janeiro, 2008

MIQUETÓRIOS DA CIDADE


Noutros tempos, não muitos, talvez uns 8 a 10 anos, havia em Penafiel, um senhor de quem eu gostava muito. Chamava-se António Barbosa Júnior. Escreveu num jornal desta terra durante muitos anos, numa coluna chamada “Postais da Cidade”. O jornal deu uma volta e deram-lhe um chuto. Um chuto que ele não mereceu.Não moveu montanhas. Não fez nenhuma obra de arregalar os olhos de espanto. Mas os seus textos de opinião eram oportunos, eram lidos, eram tidos em consideração.


Um ex- presidente de Câmara desta terra, costuma recorda-lo desta forma: “sempre que o Sr. Barbosa denunciava alguma coisa: um muro a cair, uma zona qualquer da cidade menos limpa, um bueiro entupido ou um jardim mal tratado, eu mandava logo alguém ao local ver o que se passava. Muitas vezes era eu próprio que me deslocava”.

Isto para dizer o quê? Isto é para dizer que hoje não se passa nada disso. Nem de longe nem de perto. Na Câmara Municipal ou na Junta de Freguesia de Penafiel, ninguém quer saber. Ninguém passa cartão ao que diz, ao que possa dizer um vulgar cidadão desta terra quando chama a atenção a quem de direito para qualquer situação menos bonita, pouco recomendável, ou passível de correcção.

Concretizando. Há tempos chamei a atenção das autoridades políticas desta terra, para os erros ortográficos e de composição de umas determinadas placas toponímicas.
Ninguém respondeu. Ninguém deu sinal de vida. Silêncio sepulcral.
Há cerca de três meses, voltei a chamar a atenção da câmara para um muro que estava em vias de cair na travessa da rampa do antigo hospital. Mais uma vez, o silêncio. Mais uma vez o ignorar simplesmente.
Ora na semana passada, o dito muro veio abaixo. Ninguém se magoou porque aconteceu de noite.

Mesmo sabendo que o assunto que aqui trago agora, possa ter o mesmo tratamento, quero chamar a atenção para uma situação que não sendo fracturante, merece um reparo. É assim: De há tempos a esta parte, tenho visto uma funcionária (uma senhora) a trabalhar nos miquetórios que estão por detrás da Câmara Municipal de Penafiel. Miquetórios esses que são frequentados apenas por homens. Estranhei. Não me parece muito correcto, colocar uma mulher naquele local. A colocar alguém, só pode ser um funcionário. Só pode ser um homem.

Uma situação parecida já tinha acontecido a essa mesma funcionária, quando foi deslocada das casas de banho do jardim do Calvário, para as casas de banho do parque florestal do Sameiro. Situação essa que também não fazia o mínimo sentido, dado que o local em questão era e é, muito escondido e isolado. Este local também não é próprio para uma mulher. Não se entendem situações destas.

Será que a Câmara Municipal está a debater-se com falta de pessoal? Não há homens, não há funcionários para os ditos miquetórios? Não será decerto um problema de difícil resolução, dado que há muito desemprego no país e em Penafiel.


Só falta dizer que tenho a informação que os lavabos perto da esplanada do jardim do Calvário, não tem qualquer funcionário/funcionária a zelar pelo seu melhor funcionamento. Portanto a câmara está à espera de quê para resolver este problema?

08 janeiro, 2008

ELVIS PRESLEY - cantor rock e actor de cinema (08/01/1935)


Na madrugada de 16 de Agosto de 1977, descansa no quarto antes de partir para o Maine, para mais um concerto. É encontrado morto ao fim da manhã, o homem com mais sósias de toda a história, o generoso excêntrico que derreteu a fortuna em presentes tresloucados, o verdadeiro rebelde com causas, que quis ser James Dean. De todos os epítetos, só um foi inultrapassável: o rei do Rock`n`roll. Estamos a falar de Elvis Presley.

Cresceu num ambiente sulista, com música de excelente qualidade, entre blues dos negros solitários que habitavam os diversos bairros pobres, por onde a família foi morando e as entoações gospel do Coro da Assembleia de Deus, onde aprende a falar com os céus.
Começa a cantar e tocar em clubes e festas. No Verão de 1954, grava o seu primeiro single para a Sun com o tema “Thats All Rigth” e passa pelo Grand Olé Opry, palco de consagração da música country. Por esta altura já os jovens de todo o país ouviram falar dele.
Em matéria de cinema, os seus primeiros filmes são esmagadores êxitos de bilheteira. Filmes que por volta de 1960, vão diminuindo de qualidade e descobre que Hollywood não serve os sonhos de ninguém. Em Maio de 1967, casa com Priscilla Ann.

Para Elvis, a década de 60 não estava a ser fácil. Além das frustrações com o cinema, enfrenta o desafio da “invasão britânica”, vendo os corações das raparigas tomados de assalto por uns franzinos que dão por nome de Beatles.

Em Novembro de 1968, o jornal “Newsweek” escreve: “Há diversos factos inacreditáveis sobre o Elvis, mas o mais incrível de todos é a sua longa permanência no topo num mundo onde carreiras meteóricas se desfazem no ar como estrelas cadentes”.

A atestar a sua estatura há a assinalar factos como por exemplo: o encontro com Richard Nixon em 1970, ou o concerto histórico no Madison Square Garden, em Nova Iorque, em Junho de 1972, em que chama ao palco nomes como: John Lenon, Bob Dylon e David Bowie.

A partir de 1973, vicia-se em droga e “comida de plástico”. O seu último concerto realizou-se em 26 de Junho de 1977, em Indianápolis.
Dos seus maiores sucessos, são de destacar os conhecidíssimos temas: “Love Me Tender” e Its Now or Never”.

Falamos de Elvis Presley, que nasceu a 8 de Janeiro de 1935. Ano em que em Portugal, foi reeleito Óscar Carmona (14/02), morreu Fernando Pessoa (30/11) e foi organizada a Emissora Nacional de Radiodifusão.

NOMES QUE A MORTE NÃO APAGOU

A partir de hoje, 08/01/08, irei falar de pessoas cujo nome, o tempo nem a morte conseguiram apagar. Nomes que muito me dizem. Nomes que me deram alguma formação. Nomes que, pela sua actividade na campo das artes, das letras, das ciências, da política, da música e do pensamento, serão sempre as minhas grandes referências.
Sem respeitar aniversários com números redondos, falarei de nomes como: Charlie Chaplin, Errol Flynn, Van Gogh, Gauguin, Marie Curie, Anne Frank, António Cruz, Fernando Pessoa, Elis Regina, Jean Marais, Joaquim de Araújo, Abílio Miranda, José Júlio, entre muitos outros.
Procurarei também estabelecer um paralelo, entre a data das mortes destas ilustres figuras, com apontamentos históricos de Portugal e ou de Penafiel.
Começo com o actor de cinema e cantor do rock`n `roll Elvis Pesley. Terminarei talvez comum pintor de nome Henri Matisse que nasceu a um 31 de Dezembro.
Será com certeza mais um pretexto para se saber mais um pouco sobre aqueles que, muito sabendo, sabiam, que não sabiam tudo.
Espero com isto que este blogue seja muito visitado. Porque, como disse Miguel Veiga: Quem não gosta demais, não gosta bastante” e “Quem não tem memória, morre de frio”.

02 janeiro, 2008

ENTREVISTA


Cansei-me de esperar. Fartei-me de aguardar pela entrevista que se impunha ao “Derradeiro Olhar”. Nunca entendi porque razão este “jornal” através do “Molhar Indiscreto”, não me viesse entrevistar, uma vez que não sendo vereador de nenhuma câmara do Vale do Sousa, também sou muito importante. Eu que o diga. Então para grandes males grandes remédios. Resolvi entrevistar-me a mim próprio. O produto final, se calhar ainda é melhor do que o de muita gente que, mais que do que eu, só tem a gravata.

NOTAS CURRICULARES

Fernando Beça Moreira, que anda por aí a “cantar” desde 1949, é neste momento, presidente da administração da empresa “Esquinas de Portugal”, depois de ter tido igual cargo na “Caixa Geral de Fósforos”. Neste momento tem acções em vários bancos: “banco de nevoeiro”, “banco de esperma”, “banco de jardim” e “banco alimentar contar a fome”. Recusou ter um cargo administrativo na empresa municipal “Penafiel Verde…Tinto”.

Em criança, o que sempre desejou ser, quando fosse grande?
Eu andava na escola primária, e numa redacção, eu escrevi que quando fosse grande, eu gostaria de ser avaliador de professores.

O que gostaria de fazer e não sabe?
Desenhador de Shoppings. Estão muito na moda, em particular em Penafiel, concretamente em Novelas, Guilhufe e se calhar… no espaço do antigo Cine-Teatro S. Martinho.

O que lhe dá maior prazer na vida?
Ver a ministra da educação, Maria de Lurdes Rodrigues, a atesanar a paciência dos profes.

Qual o melhor e pior momento da sua vida?
O pior momento foi quando me esbarrei com o Dr. Picanço, da e na plataforma dos 29 sindicatos dos professores. O melhor foi quando ele caiu abaixo da plataforma e foi fazer “picanços” para os peixinhos.

Qual a situação mais caricata que já viveu?
Foi ter ido para a cerimónia do meu próprio casamento, que se realizou na Igreja da Matriz, que ficava a cerca de 100 metros de distância de minha casa de solteiro, num velho Fiat 600.

Se tivesse 20 anos, o que faria de diferente?
Não ia para a tropa como fui em 1970. Nesse tempo que eu perdi, tinha tirado um curso de professor por correspondência. Hoje estava no topo da carreira a ganhar um balúrdio.

Comida favorita?
Pus de lado qualquer dieta. Passei a comer de tudo, menos carne e peixe, só para chatear o colesterol e os avêcês. Não abro mão de umas pataniscas de feijão verde, ou uma cabidela de abóbora.

Bebida de eleição?
Vinho. Bebo francamente bem. Bebo muito vinho maduro. Bebo aos comeres. Bebo aos beberes e bebo muito mais quando vou conduzir, porque o vinho faz bem à circulação:

Qual a sua maior excentricidade?
Sou um coleccionador inveterado. Colecciono de tudo. Desde objectos da marca “Sentir Penafiel”, como bonés, canecas, tigelas, postais, passando por esferográficas, balões, isqueiros, pins, t-shirts da coligação eleitoral “Penafiel Quer”, até “calinadas” de professores. Estou mesmo a preparar uma colectânea de gafes e pérolas de profes para posterior publicação. Algum ex-aluno que saiba de algum episódio mais “pedagógico”, de algum seu ex-professor, envie para este blogue.

Férias, cá dentro ou lá fora?
Férias sempre. Fora ou dentro, tanto faz. Fico endividado para todo o ano. Mas o que interessa é passar a imagem de que comigo não há qualquer crise.

Viagem de sonho?
O meu sonho é ir à quinta da Aveleda. Ou não fosse ela a maior maravilha de Penafiel.

Reza? Quando foi a última vez que o fez?
Rezo todos os dias. De manhã e à noite. De manhã, uma Avé Maria com meia de leite e uma torrada. À noite, antes de deitar, um Pai Nosso com um chã de hipericão e bolachas Maria. Sou muito de…voto. Voto sempre.

Qual a figura internacional que mais admira?
O rei de Espanha, Juan Carlos, por ter mandado calar o “chato” do Chavéz. Também gosto muito da rainha de Inglaterra. Trabalham muito e ganham pouco.

E a figura nacional?
Cavaco Silva, um funcionário público de 70 anos, com três reformas e um emprego muito preocupado com os rendimentos de dirigentes das empresas. Muito preocupado com a pobreza e a exclusão social.

Quem deixava ficar numa ilha deserta?
Deixava ficar o famigerado “bando dos quatro”: Bush, Blair, Durão e Aznar. Mas com a condição, que esta ilha fosse invadida por H2O, uma fórmula química.

Descreva uma situação recorrente.
Uma conversa de café entre amigos, em que todos falam e o burro sou eu.

Uma música inesquecível?
“Chama o Alberto” do Toy.

Qual o último livro que leu?
Em finais de 2005, li dois livros de uma assentada. O primeiro foi “Como ganhar eleições em Penafiel com uma perna às costas” de Alberto Santos. O segundo tinha o título: Como o PS sofreu em Penafiel a maior humilhação eleitoral de sempre”, de autoria de Nelson Correia em parceria com António França.

Mais algum livro?
Mais dois. Estou a ler “Nos Braços de Morfeu”, de Micael Cardoso, para depois ler “Lá Vai Disto” de Sousa Pinto.

Qual o melhor filme?
“Afasta de Mim Essa Urgência”
do ministro da saúde Correia de Campos.

Qual foi a melhor prenda de natal que recebeu?
A ligação à rede de saneamento “gratuita”. O pai natal foi o Dr. Mário Magalhães, presidente da administração da empresa municipal “Penafiel Verde”.

Se fosse primeiro ministro, qual seria a sua primeira medida?
Tal como o Emílio Frias disse ao “Verdadeiro Olhar” há dias: “acabar com o rendimento mínino”. Só que eu acrescentaria que se devia "canalizar tal subsídio para reforçar as reformas dos profes, dos médicos, dos magistrados e dos políticos".

Se fosse presidente da Câmara Municipal de Penafiel, qual seria a sua maior prioridade para 2008?
Adquiria meia dúzia de eléctricos, para deslizarem sobre os “carris amarelos” que colocaram na zona histórica da cidade.

Qual o seu objecto pessoal preferido?
Ando sempre com um Shopping no bolso. Pode acontecer que apareça por aí um local onde o instalar. Na rua do Carmo, na travessa dos Fornos, no largo da Ajuda, ou na Praça da República, nunca se sabe. Onde der jeito e o PDM (não) consentir.

Tem algum hobbie. Qual?
Contabilizar as placas inaugurativas, em que está inscrito o nome do nosso presidente da Câmara Municipal, Dr. Alberto Santos.

Se tivesse de encarnar numa personagem de banda desenhada, qual seria?
O general Custer. Para exterminar o que resta dos “índios”, que andam por aí. Não se convencem de que o seu lugar é nas reservas.

Não sai de casa sem fazer o quê?
Sem me calçar. Não gosto de andar descalço, nem por um decreto.

O que pensa fazer quando se reformar?
Contratar um gestor, bem assessorado, para gerir o valor da minha pensão.

Que loucura faria só por amor?
Não é de todo uma loucura. Mas por amor a Penafiel, ao património, à cultura e à arte, era capaz, se tivesse poder, de gastar a “derrama” e o “IMI” da nossa câmara, para devolver a dignidade aos passeios da cidade, recolocando-lhes a calçada à portuguesa.

O que reteve do ano de 2007?
Duas frases muito bonitas e muito importantes, proferidas pelo social-democrata, Dr. Miguel Veiga: Quem não tem memória, morre de frio” e “Quem não gosta demais, não gosta bastante”. Frases estas que devem ser direccionadas ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Penafiel, Dr. Alberto Santos, pela relação que tem com o nosso concelho, concretamente com a cidade de Penafiel.

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